carta amarela #45 – a melhorar, a continuar e a ser
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Paris, 4 de janeiro de 2013
Queridos amigos,
Então. Outro ano chegou. Isso praticamente não faz nenhuma diferença, mas por algum motivo todo mundo leva essa coisa de ano novo a sério demais.
Passei os últimos dias querendo escrever loucamente e registrar e falar e lembrar de tudo que eu estava pensando. Querendo ou não é uma época que a gente propõe objetivos pra vida, mesmo que não seja pra cumpri-los. Talvez seja porque é uma época que a gente coloca esperanças de tempos melhores – mesmo que a gente se frustre. E a gente se frustra porque? E me pergunto – fiz alguma coisa pra realmente mudar minha vida?
Pra 2013 eu quero esquecer as comparações que faço de mim para os outros. Alguém sempre vai ser mais esperto, mais talentoso, mais bem sucedido que eu em alguma coisa que faço. É por isso mesmo que eu tenho que sempre me lembrar quais são os meus talentos e forças. E fazê-los transparecer por aí. Deixar vir mudanças e mais mudanças. Somos no geral muito cômodos, oras. Mudanças fazem bem. Nunca esquecer onde tudo começou. As pessoas que sempre estiveram ali.
Quero continuar encontrando a felicidade nas pequenas coisas. Tenho cada dia mais me emocionado com o balançar das plantas com o vento, com crianças lambuzadas de doces, com cada cabelo branco que me aparece. A vida taí, passando. E eu não quero esperar grandes felicidades. E sim viver todas essas que passam por aí, acariciando minutos de cada dia.
Quero continuar sonhando alto. Algumas vezes me sinto um tolo por sonhar coisas impossíveis. Mas isso me faz tentar alcança-los ao invés de sentar e ficar esperando que algo aconteça.
Praticamente não aconteceu nada demais nos meus últimos dias, mas dentro de mim e nas pequenas coisas ao redor de mim, aconteceu tudo. Basta lançar um novo olhar. Pra mim, esse olhar já está lançado.
Um grande abraço, sem grandes esperanças, mas com o calorzinho de sempre no coração.
Gui
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