top 5 2013 – séries e filmes

Continuo com minhas listas de 2013. Os filmes são escolhas minhas com texto meu e não do colaborador do blog Adriano Ferreira, que escreve a coluna cinema. A mesma lista em 2012 e 2011.

top 5 séries

#5 Mad Men

madmen

A sexta temporada da série foi a mais estranha também. Os fãs ficaram loucos, tipo os de lost, em busca de conspirações e teorias: Quem é Bob Little? Um policial, espião? Teve até teorias dizendo que ele é o filho ilegítimo da Peggy com o Pete que fez uma viagem ao tempo. Conspirações à parte achei essa a temporada mais chata e arrastada. Mas teve seus bons momentos. A viagem em drogas do Don, Sally e suas aventuras adolescentes e aquele grande final, talvez a redenção de Don? Veremos na última temporada, dividida em 2 partes (ou seja, o fim mesmo só em 2015).

#4 Parks & Recreation

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Parks continua sendo pra mim a melhor série de comédia da TV. Geralmente as séries se perdem um pouco com o passar de muitas temporadas, mas não é o caso aqui. A série não se repete em mesmas piadas – o casamento de Leslie e seu emprego como city counsil fizeram a série sair das mesmas coisas que poderiam ter acontecido se continuasse no departamento de  parques. E continua sendo uma série que junta diversão e coração, e é impossível não amá-la.

#3 The Killing

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Gosto muito das duas primeiras temporadas de The Killing apesar da raiva que a criadora da série fez todo mundo passar ao não revelar o assassino de Rosie Larsen no final da primeira temporada. Mas foi na terceira que a série pra mim cresceu e atingiu seu ápice. A história aqui é mais bem trabalhada, com menos furos e termina num episódio incrível que entrou pra mim como um dos episódios mais bonitos em séries que já vi. Peter Sarsgaard brilha, e junto a excelente protagonista feita pela Mireille Enos, criam um episódio todo fechado em um único ambiente com diálogos agoniantes e que culminam num fim lírico e perturbador. Esse é o penúltimo episódio da série, porque o último foi uma grande confusão e decepção. Deixou um fim aberto pra última e mini temporada da série ano que vem.

#2 Masters of Sex

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Foi a série revelação do ano pra mim. As comparações com Mad Men são inevitáveis e são sim bem vindas. Mas enquanto Mad Men é uma série sobre homens, aqui temos uma série sobre mulheres (e que mulheres!): A protagonista Virginia (Lizzie Caplan, ótima), feminista em sua essência, divorciada duas vezes, criando filhos, trabalhando fora e tentando estudar pra conseguir um diploma (a série se passa nos anos 50); Libby (Caitlin Fitzgerald, numa atuação sensível que me lembra Amy Adams em Retrato de Família) a esposa dedicada que sonha ter filhos; Margaret (Allison Janney, incrível), a mulher casada há 30 anos que nunca sentiu um orgasmo na vida e que não entende a falta de interesse do marido sem saber que ele é homossexual; Dra. Lilian (Julianne Nicholson) a única médica do hospital/universidade (os outros são homens), que não consegue levar seus projetos adiante por ser mulher, e que se faz de durona em busca de algum tipo de apoio pra seus projetos; Eastabrook (Ann Dowd), a mãe do protagonista que tenta uma reconciliação com o filho já que este a renega porque ela aceitou que seu marido batesse tanto no filho quando ele era pequeno. Nesse mundo todo feminino não há muito espaço nem pro protagonista Bill Masters (um ótimo Michael Sheen) e seu estudo que mudou o mundo em relação ao sexo – a história é real e de curiosidade em relação a série (shame on me) já li na internet o que acontece no futuro em relação aos personagens. Só não é a melhor série do ano porque claro… Existe um fim de Breaking Bad por aqui.

#1 Breaking Bad

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Desde que esse blog existe essa série fica em número 1 todo ano. Sou dos que acompanharam a série desde o começo e não na catarse de fãs que a série ganhou nesse último ano. E nesse último ano nada ficou a desejar. Foi problema atrás de problema e a resolução de muito da confusão gerada nas outras temporadas. Ozymandias, um episódio brilhante que vai ficar na mente de quem viu por muito tempo, e mesmo no episódio final, onde enfim acabou a saga de Walter White. E a gente segue pensando: Quando vai aparecer na TV algo assim de novo? Brilhante, do começo ao fim.

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#5 A Caça (Jagten), de Thomas Vinterberg

jagten

Mads Mikkelsen é um dos meus atores preferidos. Ultimamente tem feito sucesso fazendo (muito bem) na TV um dos papéis mais famosos da história do cinema, Hannibal Lecter. Mas muito antes disso ele me tocou num filme que amo chamado Depois do Casamento. Ficou conhecido pelo grande público pelo ótimo vilão de Casino Royale e também fez um filme bem falado recentemente, O Amante da Rainha. Mas é em A Caça que ele tem o seu melhor papel e atuação. Sabe desses atores que passa uma tristeza infinita só com o olhar? E ao mesmo tempo vários outros sentimentos? É ele aqui. A história gira em torno de um professor de jardim de infância. Uma de suas alunas é a filha de seu melhor amigo, que o acusa de abuso pra diretora da escola. A partir daí, como se pode imaginar, o filme é uma catarse.

#4 Gravidade (Gravity), de Alfonso Cuarón

gravity

Tanto se falou nesse filme (a ótima resenha que o Adriano fez pro moldando afeto aqui). Tinha tempos que não via um filme causar tanta comoção e ser tão falado pra todos os cantos. E é merecido. É um filme lindo que trata sensivelmente de um tema forte: superação. Pra completar é uma experiência visual incrível.

#3 O Passado (Le Passé), de Ashgar Farhadi

lepasse

Em 2011 Ashgar Farhadi ganhou o Oscar de melhor filme pelo excelente iraniano A Separação, e todo mundo ficou na expectativa por seu novo filme, agora um filme francês. E não decepcionou. A gente nunca sabe muito bem o que é a história ou o que esperar dela até que ela vai acontecendo. Começa numa cena no aeroporto em Paris. Marie (Bérénice Bejo, de O Artista) vai buscar Ahmed (Ali Mosaffa). Ele é seu marido, que não vê há quatro anos, desde que ele deixou Paris pra voltar ao Irã. Volta pra assinar os papéis do divórcio e, junto disso, vivencia tudo que se passou ali naqueles quatro anos. Os segredos aqui são pouco a pouco revelados, num roteiro magnificamente escrito pelo próprio diretor. As atuações, excelentes, tanto pelos atores quanto por serem personagens tão reais e ao mesmo tempo tão complicados e intrigantes.

#2 A Grande Beleza (La Grande Belezza), de Paolo Sorrentino

lagrandebellezza

O italiano Paolo Sorrentino faz aqui um filme cujos atributos pra mim são: maravilhoso, fantástico, grandioso e magnífico. O diretor homenageia aqui inúmeras obras italianas famosas, em particular La Dolce Vita de Fellini, numa metáfora intensa sobre a vida. Representa o universo daqueles que não querem envelhecer. O filme se passa em Roma, e seu protagonista é um escritor, que aos 65 anos pensa sobre o que se passou. Ele nunca escreveu mais nada desde o lançamento de seu romance mais famoso décadas atrás, e ao lembrar de um amor antigo, cria forças pra mudar sua vida.

#1 Azul é a Cor Mais Quente (La Vie d’Adèle – Chapitres I et II), de Abdellatif Kechiche

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Na verdade acho uma lástima que esse filme tenha sido tão falado por suas grandes e reveladoras cenas de sexo. Não que eu as ache dispensáveis, só acho que quem assiste querendo vê-las tenha uma decepção, pois são cenas incômodas e não bonitas ou excitantes. As história aqui é inteira da Adèle, como diz o nome original, vivida brilhantemente por uma novata de mesmo nome, Adèle Exarchopoulos. Começa em sua adolescência, quando começa a descobrir a vida. E quando descobre também uma mulher mais velha de cabelos azuis, que passa por ela na rua. O filme também ficou conhecido pela temática lésbica, mas acho isso discutível aqui também. Embora Emma, a do cabelo azul, seja lésbica, Adèle não o é. Ela se interessa na verdade por tudo que é tocante pra ela pois o que ela quer é amar e ser feliz, não importa como. Pra mim, o grande do filme é isso: Mostrar que amores e paixões vem e vão, que existe amor e paixão em tudo, seja na arte, na música, na literatura, na vida. Adèle é ingênua e o filme vai mostrando seu crescimento através dos anos, mas ela não perde nunca aquele brilho vago no olhar porque ela sabe que a vida tem seus altos e baixos e que a gente deve abraçá-los sem distinção e, simplesmente, ir viver.

PS.: Azul é a Cor Mais Quente está em cartaz atualmente nos cinemas. A Grande Beleza e O Passado vi no meio do ano enquanto estava na França, mas o primeiro entra em cartaz no Brasil amanhã enquanto O Passado ainda não tem data de exibição. A Caça passou em maio nos cinemas e já está disponível pra locação. Gravidade passou nos cinemas em outubro, e pelo seu sucesso talvez ainda exista cinemas por aí exibindo o filme.

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