preferidos de 2015: músicas e álbuns

preferidos de 2015: músicas e álbuns

Todo final de ano listo o que mais gostei em algumas categorias. Começo aqui pelas músicas e álbuns que mais tocaram nos meus ouvidos esse ano. Assim como ano passado preferi não colocar em ordem de preferência, a ordem é alfabética. As listas de músicas e álbuns em: 2014201320122011.

 

músicas

 

All That // Carly Rae Jepsen

Acho que coloquei esse música em duas ou três receitas do blog esse ano. Ela permeou vários momentos vividos. É uma balada co-escrita por Dev Hynes, alguém que frequenta minhas listas de preferidas quase anualmente, seja em seu trabalho solo, seja colaborando com Sky Ferreira ou Solange. Carly aqui toma um passo à frente – ou talvez atrás, pensando na sonoridade oitentista da música – e traz uma melodia contagiante. Pra fazer sonhar e ainda trazendo uma certa inocência da época de Call Me Maybe: é aqui onde encontrar um amigo é um passo ainda mais profundo do que se tornar amantes.

 

 

Huarache Lights // Hot Chip

Ainda me lembro de estar preparando um cheviche de almoço pra mim e uma amiga, quando ela colocou o último álbum do Hot Chip pra tocar. Eu ainda não havia ouvido, e a primeira música ressoou nos meus ouvidos e nunca mais quis sair. Depois desse dia ouvimos essa música várias vezes durante o verão que passamos juntos. Essa música sempre vai me lembrar bons momentos e me fazer dançar.

 

 

I Know There’s Gonna Be (Good Times) // Jamie xx [ft. Young Thug and Popcaam]

Vi todos os amigos e sites amando o álbum solo do Jamie xx. Consigo entender o hype, mas infelizmente não consigo gostar de jeito nenhum de quase todo o álbum, exceto por duas canções que são absurdamente incríveis – talvez o que me faça gostar ainda menos do resto. Uma delas é I Know There’s Gonna Be (Good Times). Jamie xx descreveu a música como “andar de carro de Manhattan ao Brooklyn” e essa música acabou virando uma das mais gostosas pra mim quando estou andando por aí, com fones de ouvido e na vontade de que venha por aí mais bons tempos.

 

 

Let It Happen // Tame Impala

Amo a sonoridade do Tame Impala – uma música com cara de fim dos anos 60, início dos 70, mas com certa sonoridade eletrônica. Let It Happen embalou várias dessas viagens que a gente vive sem nem sair do lugar. Num mundo tão corrido a música diz pra relaxar e deixar acontecer. É bom ouvir isso em alguns momentos de muita ansiedade que sempre acontecem por aqui.

 

 

Loud Places // Jamie xx [ft. Romy]

Talvez essa seja a música mais triste da lista, e uma das mais tristes que ouvi esse ano. A voz doce da Romy (companheira do Jamie no The XX) embala alguém que espera no silêncio enquanto seu/sua ex encara o barulho. Assim, talvez o que você não possa ouvir em meio ao som alto não vá também ferir seu coração.

 

álbuns

carly

 

Carly Rae Jepsen // E•MO•TION

Gosto de Call Me Maybe. É um pop simples, contagiante e alegre. Me faz lembrar dos domingos no parque Buttes Chaumont, do ano em que morei em Paris, pois foi o hit do verão de 2012. Nunca coloco pra escutar, mas toda vez que ouço por aí me traz boas lembranças e um sorriso. Quando comecei a ouvir as músicas desse segundo álbum, fiquei com vontade de ouvi-lo inteiro. E ele me pegou de jeito. Carly disse que em seu outro álbum ela teve a música mais tocada no mundo naquele ano, mas não o maior álbum. Talvez por isso ela teve tanto cuidado nesse segundo. A crítica amou, o público nem tanto. Mas foram várias dessas músicas que embalaram com emoção – me perdoe a piadinha ruim – esse confuso ano de 2015. Minhas favoritas: All That, Run Away With Me.

 

flo

 

Florence + the Machine // How Big, How Blue, How Beautiful

Gosto desse rumo mais rock que a Florence tomou em seu novo álbum. Amo ela tanto e havia achado o Ceremonials, seu álbum anterior, muito “gritado”, meio cansativo. Não que aqui não faltem aqueles vocais potentes que ela sempre teve, mas de forma mais coesa dessa vez. Chamou um novo produtor – Markus Drevs, que entre outros produziu três álbuns do Arcade Fire que acho incríveis: Neon Bible, The Suburbs e Reflektor. O pedido pra ele aceitar trabalhar com ela? “Chega de escrever músicas sobre água”. Como sempre, ela criou algo grandioso. Em um álbum sobre o fim de um relacionamento, ela cria tormentas enormes (DRAMA!) em melodias sempre impecáveis. Supreendentemente, minha música preferida está entre as bonus tracks da versão deluxe: Hiding, uma música simpática e bem mais simples do que todas do álbum, mas que me faz dançar rodopiando por aí. Minhas favoritas: Hiding, Delilah, Queen of Peace.

 

grimes

 

Grimes // Art Angels

Grimes tem uma visão de um pop que ninguém faz. É incrível como ouço uma música dela e sempre saberei que vem dela – um que de irreal, um que de synthetic, um toque de K-pop. Art Angels é uma evolução de Visions, seu álbum anterior, e aqui sua música aparece mais versátil e mais vibrante. Minhas favoritas: REALiTi, Flesh Without Blood.

 

shamir

 

Shamir // Ratchet

Lembro quando ouvi pela primeira vez On The Regular em 2014. Ouvi uma voz única fazendo uma espécie de rap dançante delicioso. Fiquei ansioso à espera desse primeiro álbum, que não decepcionou. Além das músicas dançantes, gosto de como mostra vulnerabilidade em delicadas melodias como Demon, sobre uma dessas relações que mudam nossa vida. Minhas preferidas: In For the Kill, Demon, Make a Scene.

 

sufjan

 

Sufjan Stevens // Carrie & Lowell

Músicas tão pessoais, melancólicas. Assim é Carrie & Lowell, em que Sufjan conta todas as suas dificuldades com sua mãe (a Carrie do título), que era bipolar, esquizofrênica e viciada em drogas. Ela o abandonou primeiramente quando ele tinha um ano, voltou a cuidar dele e do irmão, e os abandonou de novo (em Should Have Known Better ele canta: “quando eu tinha 3 anos, 3 talvez 4, ela nos deixou naquela locadora de videos”). Sua mãe foi casada durante 5 anos com Lowell (a outra pessoa do título), enquanto ele ainda era criança. É dessa época que ele canta em alguns momentos como a “temporada de esperança” em sua vida. Uma pessoa sem nenhum laço de sangue que hoje é quem cuida do selo musical de Stevens. Sua mãe morreu em 2012, e apesar de toda a história triste, ele não a odeia. Canta aqui um pouco do que viveu com ela – infância, família, depressão, solidão, fé e alguns verões felizes. As canções são tão bonitas, tão cheias de sentimento. Transforma tristezas em algo tão bonito. Minhas preferidas: Should Have Known Better, Fourth of July.

 

tameimpala

 

Tame Impala // Currents

O Tame Impala volta com seu rock psicodélico, com músicas dançantes, como a incrível e épica Let It Happen. Como disse na parte “músicas”, é pra viajar sem sair do lugar. Minhas preferidas: Let It Happen, Eventually, Cause I’m a Man.

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