preferidos de 2014

preferidos de 2014

Listo aqui todo ano o que mais gostei em música, filmes, séries, livros, receitas e cartas amarelas. Esse ano resolvi não colocar uma ordem de preferência. É sempre tão difícil escolher o que considero “o melhor” (e quem sou eu pra julgar que uma coisa é melhor que outra?) que prefiro a partir desse ano só citar o que mais gostei. Esses foram meus escolhidos em 2014:

 

músicas

MØ – Slow Love

Com sua voz suave e ao mesmo tempo poderosa, essa dinamarquesa conquistou meu coração, junto a alguém que via seu show comigo. Essa música toca fundo em mim e me faz abrir um enorme sorriso enquanto a canto.

La Roux – Let Me Down Gently

Uma música que começa lentamente, numa voz que faz um pedido a alguém que ama. A música vai crescendo até um clímax que te faz não querer parar de dançar.

Jessie Ware – You & I (Forever)

Tive a oportunidade de ir no show dessa cantora, e só poderia achá-la das mais simpáticas! Até leu replies de twitter pra dedicar músicas pros fãs que estavam ali no Trabendo. Cantou quase o disco novo todo, que ainda não havia sido lançado na época. E me marcou por essa música, que escreveu numa noite bêbada com Miguel, pensando em seu então futuro marido (que está no clipe com ela!)

Lykke Li – No Rest For the Wicked

Lykke Li canta a dor como poucas. Não haverá descanso para os cruéis, sempre haverá um coração pra curar um outro.

Chet Faker – Gold

Não consigo não ver o clipe e ter vontade de patinar eternamente. Mais que isso é uma canção gostosa pra ouvir sempre.

 

álbuns

Lykke Li – I Never Learn

lykkeli

Lykke Li teve um rompimento amoroso dos mais dolorosos, e disso fez seu álbum mais dolorido, I Never Learn. É seu álbum mais ambicioso também: curto, triste e com poderosas canções como Never Gonna Love Again, No Rest For the Wicked e Gunshot.

FKA Twigs – LP1

fka

Injustamente mais conhecida por muita gente por ser a namorada do Robert Pattinson, essa britânica lançou seu primeiro álbum em 2014, o lindo LP1. Um pop experimental e sensual. Minhas preferidas: Give Up, Two Weeks e Pendulum.

Caribou – Our Love

caribou

A visão pessoal do amor por Dan Snaith é linda: mergulhar profundamente numa nova paixão e trazer desse amor uma inspiração pura, simples e também majestosa. Minhas preferidas: Your Love Will Set You Free, All I Ever Need, Our Love.

MØ – No Mythologies to Follow

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Desde que saiu um cover dela pra Say You’ll Be There das Spice Girls me encantei: aquela dinamarquesa da voz suave que faz músicas sempre usando camadas e camadas da sua voz (quase como se fossem músicas cantadas por uma girl band) traz pra mim melodias que parecem entrar em mim e ir até o fundo me fazendo dançar. Minhas preferidas: Slow Love, Maiden, Waste of Time.

La Roux – Trouble in Paradise

laroux

Um álbum iluminado como o verão, com batidas retrôs trazidas de uma forma moderna. É assim Trouble in Paradise, o delicioso e tropical último disco da andrógena ruiva. Minhas preferidas: Let Me Down Gently, Uptight Downtown, Paradise is You.

 

séries

The Killing

thekilling

Uma das minhas séries favoritas acabou em uma curta temporada e não menos emocionante. Encho os olhos de água lembrando do sensível fim de uma das melhores duplas policiais do mundo das séries.

True Detective

truedetective

Talvez a série mais falada do ano e que só não levou todos os prêmios por causa da temporada final de Breaking Bad. Não dá pra não citar essa série de produção caprichadíssima, atuações memoráveis de um excelente elenco em uma história muito bem escrita e desenvolvida.

Hannibal

hannibal

Confesso: Não gostei muito da primeira temporada. Os casos do dia me cansavam enquanto eu queria saber mais da história principal, o jogo de gato e rato entre Hannibal e Will Graham. Com um visual incrível e cenas inesquecíveis – não paro de lembrar o quão bonita foi a morte do homem em que seus pulmões foram substituídos por orquídeas – Hannibal cresceu nessa temporada ao focar mais na história central contando sempre com atuações impecáveis. E agora termino: Como não ter ficado sem dormir após aquele final de temporada?

Orange is the New Black

oitnb

Só fui entrar no vício OITNB esse ano, e vi as duas temporadas de uma só vez. Apesar da protagonista chatinha não dá pra não se apaixonar pela infinidade de personagens femininas incríveis, particulares e cheias de nuances que trazem histórias tristes e outras bem divertidas (a galinha!) vividas num lugar onde espero nunca ir parar.

Looking

looking

Criada pelo diretor de um filme que amo (Weekend), essa série abrange a vida de três gays em San Francisco. Dom, o cozinheiro, é de longe meu preferido: seus problemas em ser um “gay velho”, suas conversas ótimas com sua melhor amiga e roomate Doris, suas tentativas em abrir seu próprio restaurante. Mais que isso é uma série que retrata de forma sensível um mundo a qual pertenço.

 

filmes

Nebraska

nebraska

Essa história entre pai e filho deve ter comovido muita gente que não se importou em ir ao cinema assistir um filme em preto e branco. Com personagens hilários, mas sempre movida pelo coração e pela rabugice do protagonista é daqueles filmes que quero rever muitas vezes – e que eu gostaria que tivesse levado o Oscar de melhor filme naquela noite que ficou mais conhecida por ter tido a selfie das selfies.

Sob a Pele

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Sei que não é um filme que todo mundo vai gostar. Mas a cada novo trabalho do Jonathan Glazer fico mais impressionado. É interessante ver como com quão pouco dinheiro ele fez a melhor ficção científica do ano (um beijo Interestelar, também gostei de você, ainda que menos), com Scarlett Johansson memorável fazendo uma alienígena devoradora de homens.

Acima das Nuvens

cloudsofsilsmaria

O tempo é cruel e passa pra todo mundo. Talvez foi o mais forte que ficou pra mim desse filme, entre tantos pontos que me marcaram: o lugar belíssimo e metafórico que dá título ao filme – Clouds of Sils Maria, um lugar da Suíça onde acontece um fenômeno em que você fica “acima das nuvens”; os diálogos marcantes travados por duas atrizes incríveis em seus papéis: Juliette Binoche e Kristen Stewart. Sim, você leu certo. Kristen Stewart era uma atriz pra quem eu não ligava até que em 2014 ela teve duas atuações que me marcaram demais, uma nesse filme e outra no mediano Still Alice.

Mommy

mommy

Nunca escondi que admiro Xavier Dolan. Por admirar não quero dizer gostar dele em si. Como mesmo disse uma das muitas revistas francesas que ele estampou esse ano, o diretor/roteirista/ator é narcisista e genial. O que mais me fascina é que ele é uma pessoa única, mesmo que eu não goste de todos os seus filmes: Eles são sempre particulares, com uma grande personalidade de seu realizador. Em Mommy ele faz seu melhor filme (na minha opinião). Assisti há meses e até hoje não me esqueço da beleza da cena em que o adolescente abre a tela. Memorável.

Boyhood

boyhood

Richard Linklater é o criador da minha trilogia preferida: Antes do Amanhecer, Antes do Por-do-Sol e Antes da meia-noite. Talvez seja por isso que sempre fico curioso em assistir um filme dele. Esse ano ele fez uma proeza: lançou um filme em que foi filmando o crescimento de um garoto durante 12 anos. Muita gente vai dizer: Mas não acontece nada nesse filme! Discordo. A beleza da vida talvez não sejam aqueles momentos que a gente mais faz questão de “gravar”: formatura, casamento, nascimento; é sim aqueles pequenos dias em que seu pai te deu o melhor conselho que podia pra vida. Aquele dia em que você viu sua mãe chorar em conseguir algo que queria. O filme pra mim poderia se chamar Motherhood pois o personagem mais incrível aqui é a mãe. Aquela que dedicou toda a sua vida, entre muitos erros na tentativa de acertar, pra ver seus filhos irem embora um dia, levados pelo mundo. A gente cria os filhos pro mundo. Mas é tristíssimo enxergar isso nos olhos já envelhecidos de uma sensacional Patricia Arquette.

 

receitas

bolo fofinho de chocolate com café

bolofofinho

Gosto tanto dessa mistura café + chocolate + paçoquinha que precisei transformar essa receita num lindo video feito com os queridos do chágelado

(a receita aqui)

risoto de camarões com cúrcuma

risoto

Amo risoto e esse foi criado num dia muito especial juntando pessoas muito queridas. Ficou na lembrança – o dia e o sabor delicioso!

(a receita aqui)

bolo de cenoura com avelãs e compota de maçã

bolocenoura

O Café Coutume é dos meus lugares preferidos de Paris e foi uma delícia descobrir a receita desse bolo de sabor único.

(a receita aqui)

quibe assado

quibe

A Conceição é uma das amigas mais queridas da minha mãe, e das melhores cozinheiras também. Esse quibe que ela faz é das coisas mais gostosas que provei e aprendi a fazer esse ano.

(a receita aqui)

hambúrguer com geleia de bacon

hamburguer

Esse pode não ser meu episódio preferido de O Chef e a Chata, mas com certeza é minha receita preferida das duas primeiras temporadas. Como não amar BACON!

(a receita aqui)

 

cartas amarelas

#73 – menos medo, mais amor

cartas

Talvez a gente precise passar por algumas coisas difíceis pra entender que o medo só trava, mas o amor tá sempre aí pra construir (e reconstruir).

(a carta inteira aqui)

#83 – um amor mais leve

cartas

A solidão é sim uma fonte de importantes descobertas pra quem quer amar alguém um dia. E os amores não deveriam ser trancados, e sim livres. A vida fica mais leve.

(a carta inteira aqui)

#86 – bagagens

cartas

Vivo colocando pedras na minha mochila, mas o objetivo é tirá-las. Sempre por uma vida mais leve.

(a carta inteira aqui)

#95 – fogos de artifício

cartas

Algumas vezes a gente encontra uma pessoa certa no nosso caminho. Alguém que vai tirar a gente lá do fundo do poço e nos fazer sentir a pessoa mais especial do mundo. É gostoso ser feliz, e mesmo quando essa felicidade tem prazo pra expirar a gente precisa fazer disso uma força pra seguir bem em frente.

(a carta inteira aqui)

#96 – casa aberta

cartas

Tem pessoas que entram na vida da gente sem nenhuma razão ou sem nenhum grande interesse. Algumas pessoas complementam a gente como poucas no mundo, e esse ano tive a oportunidade de morar por um mês e meio com uma amiga, e nessa convivência descobrir muito sobre mim e também descobrir que a gente pode achar sim nossa metade – mesmo que essa metade seja um amigo – dessas pra gente estar sempre juntos.

(a carta inteira aqui)

 

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