top 5 // 2012 – músicas e álbuns

Continuo, como cada ano, postando listas de fim de ano com as coisas que mais gostei. Começo hoje pelas músicas e álbuns. As listas do ano passado estão aqui.

top 5 músicas

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#5 Solange // Losing You

Entre altos e baixos Solange percorre uma carreira diferente da sua famosa irmã Beyoncé. Junto a Dev Hynes ela fez seu álbum mais homogêneo e interessante, e Losing You é o exponencial disso. Em uma batida que quase não difere e um refrão constante ela nos faz viajar (principalmente pelo lindo clipe na África do Sul). Um relacionamento pode estar acabando mas a gente segue em frente. E segue dançando.

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#4 M.I.A. // Bad Girls

Após um disco experimental (que eu particularmente detesto, salvo XXXO) M.I.A. volta com uma música bem pop que não deixa de ter toda sua personalidade. Solta frases tão memoráveis quanto absurdas e nos faz dançar. Frases tão poderosas quanto ela própria, lixando suas unhas em cima de um carro sobre duas rodas, no meu clipe preferido do ano.

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#3 Jessie Ware // Wildest Moments

Numa música escrita para sua melhor amiga, Jessie faz um paralelo entre relações. “Talvez nos nossos momentos mais loucos nós poderíamos ser o melhor”. Isso pouco antes de jogar que também poderíamos ser o pior de todos. Entre lindos e sinceros vocais, ela evoca boas sensações. Vulnerável porém feroz.

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#2 Gossip // Casualties of War

7 de novembro. O dia em que entreguei uma carta amarela à Beth Ditto. E nela eu contei toda a minha relação com essa música. Já disse aqui, o amor bom é o amor fácil. Mas as pessoas insistem em jogos de conquista, em idas e vindas, em quem se saiu melhor no fim de um relacionamento… No fundo, eu, Beth e tantos outros já fomos um dia vítimas de um mesmo tipo de guerra. Uma guerra que não precisava acontecer.

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#1 The XX // Angels

Não sei descrever ao certo a sensação de quando ouvi essa música na abertura do show deles. A voz linda e suave de Romy Madley-Croft entrou pelos meus ouvidos e as palavras tão sinceras me fizeram querer amar alguém, ali. Comecei a chorar, e ao virar pro lado, a amiga que me acompanhou também chorava. E me abraçou. Senti-me profundamente grato por amar várias pessoas. E por sentir, imensamente, esse amor de volta.

top 5 álbuns

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#5 Thiago Pethit // Estrela Decadente

Entre muitas referências Pethit conseguiu criar um disco autoral, impactante e com várias canções que permearam meu ano. Se você me perguntar o estilo dele, não sei responder. Entre um pouco de rock, uma pegada cabaré, um pouco de folk, um pouco de tudo. Com canções fortes como Devil in Me e delicadas como a linda Perto do Fim, foi um dos dois álbuns nacionais que me agradaram muito esse ano (o outro foi o Caravana Sereia Bloom, da Céu).

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#4 Fiona Apple // The Idler Wheel is Wiser Than the Driver of the Screw and Whipping Cords Will Serve You More Than Ropes Will Ever Do

Impossível não querer percorrer Paris loucamente como Fiona fez no clipe de Every Single Night. E talvez esteja aí pra mim uma das canções mais poderosas do ano. Em uma letra enlouquecedora ela mostra como se fechou em sua própria mente. E viaja entre tantas canções de fortes de palavras e arranjos simples. Fiona no fundo não quer mais nada do que viver bem consigo mesma e seu cachorro (emocionei-me com a carta em que cancela sua turnê para ficar com o cachorro doente). Ela pode ficar anos sem novas músicas mas é inegável que sempre  nos presenteia com belíssimas composições.

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#3 The XX // Coexist

Numa primeira audição não gostei muito do segundo álbum do The XX. Seguem em uma clara continuação à sonoridade do primeiro álbum deles, porém um pouco mais calmos e com letras mais complexas. Apesar de as vezes eu querer cantar coisas mais simples como “we watch things on VCRs”, me sinto tocado por muitas das melodias do Coexist. E pelas letras lindas e poéticas. Tem abrigado meus dias na cozinha nesse inverno tão frio.

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#2 Grimes // Visions

Essa canadense louquinha (experimente – ou não – ler a entrevista dela na última edição da i-D) foi uma grata surpresa de 2012. Cantando muitas vezes em falsetto, numa atmosfera própria, ela faz um álbum com toques de pop e eletrônico de um jeito muito particular. Excelente! Minhas preferidas: Oblivion e Circumambient.

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#1 Cat Power // Sun

Sou fã da Cat Power há muitos anos. Passei anos da faculdade de design ouvindo o álbum You Are Free. E me emocionei quando ouvi The Greatest tocando em looping no filme My Blueberry Nights. Depois de um período turbulento da vida (ela ficou seis anos sem lançar material original) ela abraça aqui o obscuro, e discursa sobra a vida. Em Ruin, um dos pontos altos, ela brada como estamos vivendo sobre uma ruína. Mas a melhor parte vem para o final do álbum. Na linda Manhattan, uma sensação de solidão. Nothin’ But Time, em seus magistrais quase 11 minutos, que me lembra uma mãe aconselhando um filho. Sensível, tocante. De uma artista que tem muito a dizer. E a me emocionar.

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