Paris – as exposições

Além do guia da cidade e das comidas, resolvi falar aqui também de algumas exposições que visitei. A primeira delas nem achei incrível, mas tenho uma certa devoção com as embalagens desse produto… Então…

É a de 125 anos da Coca-Cola. Lógico que eu tinha que entrar nem que fosse pra aumentar minha coleção de garrafinhas de metal. Foi épico eu e Lu olhando para uma prateleira com todas as garrafas e falando um sonoro “oooooh”. Infelizmente a exposição já acabou mas você pode fazer um tour pelo site da Coca-Cola.

No Centre Georges Pompidou, até o dia 5 de setembro, está uma instalação chamada “Cabine Photographique”, do fotógrafo JR. Nela você entra em uma cabine enorme e tira uma foto com um ponto na testa. A foto é logo impressa e cai lá de cima, bem grandona. É super divertido. E tem mais: o ideal é você carregar a foto para onde você mora, pregá-la em algum muro para que a mostra percorra o mundo. E tirar uma foto da sua foto pregada e mandar para o site deles. Não é sensacional a idéia de fazer parte de uma instalação artística assim? Eu achei. E abaixo um video pra enxergar melhor o “tamanho da coisa”.

E pra finalizar o que eu disse ter sido uma das melhores coisas da viagem. Sou fã do trabalho do diretor Stanley Kubrick, e fiquei muito feliz quando descobri que acontece uma exposição dele na La Cinématèque Française. Não são poucos os adjetivos que me vem à mente quando penso no diretor e, mais ainda, depois de sair da exposição. Certamente podemos o chamar de visionário e genial.

O que se vê na exposição é toda a história da carreira dele, desde que era fotógrafo da revista Look até os projetos que não chegaram a ser realizados, como o filme Napoleão, sobre a vida do imperador Napoleão Bonaparte (na lojinha inclusive tinha o roteiro desse filme a venda, deu vontade de comprar) e também Aryan Papers, uma história sobre campos de concentração.

Você anda pela exposição seguindo a cronologia. Foi de encher os olhos de água entrar na sala de 2001 – Uma Odisséia no Espaço e dar de cara com um telão exibindo a cena dos macacos, com a música clássica ao fundo. Ao olhar em volta, figurinos, pedaços de cenários, o HAL 9000. E o Oscar de Efeitos Visuais que Kubrick ganhou por esse filme. Primeira vez que vi um Oscar na minha frente. E tá, ainda por cima era o Oscar do Kubrick. Foi uma sensação indescritível.

E o medo ao entrar na sala de O Iluminado? De cara você via a roupinha das gêmeas. Assombroso! E o machado! E o papel datilografado original com os vários “All work and no play makes Jack a dull boy”! Sem contar no papel de parede, que era uma reprodução do tapete do hotel! Pra completar uma coisa que só designers vão amar comigo: Os originais de Saul Bass pra assinatura de O Iluminado, todos LINDOS e REJEITADOS pelo Kubrick. É impressionante ler os comentários feitos à mão com ele, em seu perfeccionismo, não gostando de nenhuma das opções.

Teria muito mais pra falar aqui, mas acho que não cabe pra esse blog, né? A exposição acontece até dia 31 de julho e posso falar que foi das melhores coisas de toda a viagem pra mim.

Fotos :: Marcus Martins (Kubrick e Pompidou), Guilherme Poulain (Coca-Cola e cartaz Kubrick), divulgação (primeira Pompidou)

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