le chat noir

le chat noir

paris / pequenas estórias

Ela passou debaixo da flor do Oscar Niemeyer, logo em frente à Cinematèque Française. Atravessou lentamente o lindo jardim Yitzhak Rabin. Quando passou pelos arcos de flores e lembrou-se com carinho de um momento importante em seu inverno passado, logo ali embaixo.

Manon se sentiu um pouco sozinha. Queria muito passar uma horinha por ali, lendo um livro naquele fim de dia de sol. Sentou-se perto do lago. Olhou ao lado e viu um gato preto. um “chat noir”. Foi estranho porque naquela área do parque não é permitida a entrada de animais. Ele saiu caminhando, e ela foi atrás. Queria saber por onde ele havia passado. Passou alguns arbustos até que por trás de algumas flores ela já o viu na parte descampada do parque, onde pessoas estavam com seus animais. Ela saiu pelo portãozinho e continuou o seguindo. Ele subiu as escadas em direção à ponte Simone de Beauvoir. Ela começou a andar pela ponte e logo sentiu o vento tocando seu rosto. O sol já quase se escondia atrás dos prédios da biblioteca. O gato sumiu mas ela sentiu uma sensação gostosa com aquela vista, o vento, o sol. Assim como o vento vai, algumas coisas de sua vida precisam ir embora também.

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