teenagers – as apimentadas

teenagers – as apimentadas

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Quando eu tinha meu primeiro blog – há muuuito tempo -, volta e meia eu conferia como os visitantes tinham chegado lá. Alguns termos de busca eram mais frequentes, e no geral bem divertidos (“Narcisa Tamborindeguy”, “maguiagem da Jade” eram alguns deles). E um dos termos mais procurados era Teenagers – As Apimentadas, que eu vi pela primeira vez quando lançado para locação, em 2001. Apesar do inesperado sucesso nos cinemas dos EUA, o filme foi lançado aqui direto em DVD, e com essa tradução maravilhosa citada aí acima (o título original é bem mais sucinto: Bring It On).

A tradução é péssima, a capa do DVD também é trash, mesmo o tema do filme – líderes de torcida, pelo amor de Deus! – parece coisa pra fugir imediatamente. Foi o boca-a-boca que transformou o filme num cult aqui no Brasil também. Quer dizer, não só o boca-a-boca, claro, mas também o fato de que Teenagers é um filme divertidíssimo.

Talvez esse seja o primeiro filme da história em que as líderes de torcida são protagonistas E são levadas a sério. Como diz a protagonista Torrance (Kirsten Dunst): “Você já foi a uma competição de cheerleading? A gente treina pra caramba, a gente dá duro.” E o filme realmente mostra que tem muito mais por trás desse universo do que o clichê garota-loira-linda-e-escrota que aparece na maioria dos filmes.

Mas pera lá, Teenagers está longe de ser um filme sério e profundo! É engraçadíssimo, com um elenco inspirado. Kirsten Dunst (que fez vários filmes “adolescentes” nesse período, incluindo outras pérolas como Drop Dead Gorgeous) e Eliza Dushku (da série de TV Buffy) estão sensacionais como a capitã do time e a mais recente “aquisição”, a rebelde Missy. Alguns diálogos são geniais, como quando Torrance vê um cara gatinho usando uma camiseta do The Clash: “É a sua banda?” E após ouvir a explicação dele sobre o Clash: “Que vintage!” ela responde, com um sorriso sincero.

Outra coisa que adoro no filme é como o roteiro não tem necessidade de criar vilões. As garotas do time adversário, que a princípio deveriam ser as antagonistas naturais, são mostradas como batalhadoras e injustiçadas; os “vilões” de verdade (mais como “gente que faz sacanagens com Torrance”) são descartados bem antes de o filme acabar. Ao final, todo mundo é bacana em vários níveis, e isso torna o filme bem mais refrescante do que o típico “heroína derrota o cara/a garota malvado(a)”. Teenagers – As Apimentadas é para ser visto e revisto mil vezes, pois nunca deixa de ser divertido. Desafio qualquer um a manter a cara séria ao lembrar de Sparky Polastri e seus “spirit fingers”!

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