one man guy

Recebi a mensagem de um amigo: achei esse livro sua cara. Vi a capa, nunca tinha ouvido falar e achei até que não tinha edição brasileira. Olhei a capa de novo e me encantei. Fofa, cheia de amarelo. E o título mantido em inglês porque é o título de uma música do Rufus Wainwright – parte importante da história.

Fui descobrir que é um livro de um gênero que costumo gostar, o chamado Young Adult, para jovens adultos. Ele conta a história de Alek, um menino de 14 anos de família armênia. Seus pais o avisam que ele vai precisar passar suas férias de verão na escola, recuperando suas notas para poder participar da turma especial no próximo ano letivo. É nesses dias que ele realmente vem a ter contato com Ethan, um menino bem conhecido na escola, e um romance se desenvolve a partir das diferenças e descobertas nessa fase da vida.

Não amei o livro assim como outros desse gênero que li nos últimos anos e citei aqui como As Vantagens de Ser Invisível e Will & Will. Mas pra mim o mais interessante foi observar a história e tradição armênia, tão presente no livro. Saber a história da família de Alek, da fuga para os Estados Unidos, a briga com os turcos e sua forma de ver a vida, além da grande importância que eles dão pra algo que também me encanta: a comida. É um livro que fala muito de comida, refeições e da importância disso nas tradições familiares deles. O livro conta até com uma receita citada várias vezes na história. É conhecendo mais de uma cultura não conhecida pra mim que o livro me conquistou, mais do que a história de Alek e Ethan em si.

É um livro que eu adoraria ter lido quando eu era um adolescente bem confuso com minha orientação sexual. Entendendo um pouco o vivido pelo Alek, a relação com família que a gente tem nessa fase de descobertas e também um primeiro romance. O livro é fofo e tudo é tratado com muita leveza. É pra ser ler e se sentir leve, com um sorriso gostoso no rosto.

• Outubro 16th 2015
• Michael Barakiva / na cabeceira / One Man Guy
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