trinta e um

trinta e um

por vezes na casa da minha mãe pego os álbuns antigos pra ver fotos de um tempo que eu mesmo pouco me lembro. algumas vezes ela se senta comigo, olha algumas e me conta histórias que a gente viveu. faço perguntas que já sei as respostas só pra ter o prazer de ouvi-las. pela sensação incrível de me encontrar com a criança que eu fui. nesses dias me contou que quando eu era menor eu dizia que o jardim nunca tinha muitas flores na época do meu aniversário. há alguns anos ela plantou uma cerejeira e colocou um banco em frente a ela. me contou que aquela árvore só florescia na época do meu aniversário. plantou-a bem no ano em que morei muito longe. disse que não sabia se eu voltava e que, com isso, a cada ano, mesmo se eu estivesse distante, ia ver o jardim todo colorido de rosa. pra me desejar, a cada aniversário meu, um novo florescer.

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