top 5 // 2012 – séries e filmes

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#5 Girls

Foi a única nova série que assisti esse ano, e adorei o quão curta foi e talvez por isso tenha sido no ponto. Lena Dunham ganhou o status de musa cult, e é realmente impressionante terminar um episódio e ver nos créditos que ela criou a série, é produtora e ainda escreve e dirige muitos dos episódios. Além, claro, de ser a protagonista. As tais garotas do título são facilmente identificáveis por nossa geração. Como bem disse Lena em uma entrevista na última i-D: “Eu acho que Girls é realista, mas não próxima da realidade. Quando a criei eu estava definitivamente pensando que essa é a primeira geração de garotas criadas em cima de reality TV e internet, todas acreditando ter ADD e ADHD”. Que venham mais temporadas curtas, fofas, divertidas e diretas ao ponto.

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#4 Homeland

Se Homeland começou a segunda temporada de forma incrível, o mesmo não se pode dizer do decorrer dela. Homeland foi virando um novelão. Mesmo assim, amparado por uma boa história e um elenco muito competente, a série continua sendo melhor que muita coisa que vemos na TV. Não só a dupla de protagonistas é excelente, Mandy Patinkin também é incrível. A composição de cada personagem, suas complexidades e suas intricadas relações são o ponto forte dessa série, que apesar de ter saído levemente do rumo, trouxe um bom final para uma (espero) promissora nova temporada.

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#3 Parks & Recreation

Amy Poehler é gênia. É das poucas pessoas no mundo que me fazem rir de quase virar do avesso. Sua Parks & Recreation é inteligente, esperta e muito engraçada. A série me parece crescer a cada ano, e seus personagens se superam a cada situação na incrível (e fictícia) cidade de Pawnee, Indiana. E não é só a série mais engraçada da TV atualmente, é também a que me faz suspirar pelo quão amável é, e o good feeling que fico após cada episódio.

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#2 Mad Men

Zou bisou bisou – e a quinta temporada de Mad Men começou da melhor forma possível. Mais uma cena pra ficar gravada na mente, entre aparadores de grama comendo um pé e secretária velhinha morrendo no serviço. Mad Men é irrepreensível. Mentira, a história da Betty gorda foi meio chatinha e os peitões da Christina Hendricks sempre vão me incomodar. Nunca imaginei ver Don feliz num casamento e perdendo sua paixão pela publicidade. O fim da temporada trouxe a série a um lado incerto, entre tantas surpresas. Mad Men sempre vai ter suas cenas inesperadas, absurdas e a mais fina reconstituição de época. E não sabemos o que esperar depois dessa quinta excelente temporada de uma série que continua magnífica após tanto tempo.

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#1 Breaking Bad

Se Mad Men ainda deixa algumas raras arestas, não posso dizer o mesmo de Breaking Bad. Numa temporada onde o protagonista se tornou um anti herói, onde vimos chegar ao ápice uma virada no caráter daquele que tanto confiamos nesses anos todos, Breaking Bad encaminha magnificamente para o seu final, a ser exibido ano que vem. Não só Bryan Cranston continua a ser genial, nessa série todo o elenco é impecável e cada personagem tem sua vez. É impossível não adorar cada vez mais Jesse Pinkman e ter crises com a cada vez mais instável Skyler. Que a série tenha um fechamento excepcional ano que vem.

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#5 Argo (Argo), de Ben Affleck

Faz alguns anos que Ben Affleck se encontrou na direção. Sempre um ator razoável, algumas vezes bom, talvez tenha descoberto sua verdadeira vocação atrás das câmeras. Em seu excelente primeiro filme, Medo da Verdade – talvez o meu preferido dele – mostrava como fazer um bom drama policial. Após o elogiado Atração Perigosa (que eu acho ok), trouxe um filme bem melhor em Argo. A história gira em torno de um agente da CIA criando um filme fictício com intenção de resgatar os funcionários da embaixada dos EUA no Irã. Sua direção se destaca ao fazer um filme intenso, de grudar na poltrona e esperar um final feliz. É emocionante também ver Alan Arkin e John Goodman juntos em cena.

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#4 A Invenção de Hugo Cabret (Hugo), de Martin Scorsese

Sempre me lembrarei do meu primeiro domingo em Paris. Fazia muito frio e nevava levemente. Entrei num cinema quentinho, quentinho em Montmartre e poucos minutos depois o filme começava. E começava mostrando Paris coberta de neve. A Tour Eiffel. E meus olhos marejavam por ver ali no cinema um pouquinho do que eu estava vivendo. Mais do que isso, Martin Scorsese fez nesse Hugo um de seus filmes que mais me emocionaram. Relembrou o mestre Méliès com delicadeza e com uma performance apurada do sempre bom Ben Kingsley. Fofo, pra todas as idades e, principalmente, para os encantados pela sétima arte.

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#3 Amor (Amour), de Michael Haneke

Um dos filmes mais pesados que já assisti. Porque é real e de alguma forma todos vamos viver isso. E também, um dos mais românticos. Todo mundo sabe que vai ser velho um dia. Que chega um ponto da vida onde a cada nova doença o corpo vai indo embora. Não há melhora. Só piora. E é nessa crueldade do fim de uma vida que Michael Haneke fez esse filme. Cheio de amor. Pois não importa quem se vá, a dor é grande para quem o cerca. Com atuações belíssimas de astros franceses de outrora, hoje bem velhinhos (Jean-Louis Trintignant e Emmanuelle Riva), o filme emociona, apesar de seco e de não fazer chorar. É maravilhoso, mas não gostaria de revê-lo. Madame Riva deveria ganhar todos os prêmios disponíveis por esse filme.

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#2 Moonrise Kingdom (Moonrise Kingdom), de Wes Anderson

Filme fofolete do ano. Wes Anderson é sempre um nome a se assistir. Uma história de amor entre duas crianças – Sam e Suzy – contada de forma fantástica e cheia de participações de grandes atores em pequenos papéis. Abriu o festival de Cannes, e estreou em circuito nacional no mesmo dia. Abrindo assim a primavera pra mim. Um música de Françoise Hardy é parte de uma cena no filme – e vi todo um cinema cantar junto. Junto a um francês descobri vários pormenores do filme, ‘piadas internas’ sobre franceses. Assisti sentado numa escada, abraçado a alguns dos meus bons amigos aqui. Talvez isso tenha feito um excelente filme crescer ainda mais pra mim. “le temps de l’amour”, Françoise canta. E uma sala de cinema inteira se enamorou nessa hora.

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#1 Ferrugem e Osso (De Rouille et d’Os), de Jacques Audiard

Jacques Audiard é um diretor que admiro muito. Depois dos excelentes De Tanto Bater Meu Coração Parou e O Profeta, reuniu dois atores talentosos (Marion Cotillard e Matthias Schoenaerts) pra contar uma história de amor entre uma treinadora de baleias que perdeu suas pernas e um sem teto com um filho de 5 anos pra criar. Você pode pensar aqui por essa breve descrição – É DRAMA! – mas o filme nunca desaba pro melodrama barato. São duas lindas jornadas que se entrelaçam em meio a superação de dificuldades. Cotillard transforma uma simples música pop como Fireworks da Katy Perry num profundo momento de emoções. E não pude parar de chorar até os lindos créditos sobre um fundo branco. Eu tinha acabado de ver o filme que mais me tocou em 2012.

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