top 5 :: 2011

Como todo fim de ano eu fazia no meu blog antigo, resolvi esse ano continuar publicando o que eu achei de melhor no ano em relação à algumas paixões. Além de música, álbum, séries e filmes, esse ano resolvi colocar algo que talvez vocês gostem: um top 5 receitas do ano. Escolhi as 5 que publiquei aqui no blog que eu mais gosto de comer e de fazer sempre. Sei que gosto é gosto e talvez vocês podem não gostar das minhas escolhas… Mas espero que apreciem! Sei também que não sou ninguém pra julgar ‘melhores’ em alguma coisa, e, no fundo, minhas listas são tão sentimentais e especiais pra mim quanto qualquer texto reflexivo que escrevo aqui no blog, já que cada item desses marcou uma pedacinho da minha vida esse ano, de alguma forma.

top 5 :: músicas

#5 Lana Del Rey – Blue Jeans

Lana foi uma das cantoras mais comentadas em 2011 e, apesar de todo o sucesso se dever a ‘Video Games’, eu gosto muito mais de ‘Blue Jeans’. É melancólico, por vezes nostálgico e a voz dela é deliciosa.

#4 Lykke Li – Sadness is a Blessing

Falando em melancolia, essa música pra mim é uma das mais tristes no ano. A batida da música em si nem tanto, mas o clipe me fez ficar com os olhos cheios de água. Me comovi com Lykke, que lançou um álbum quase impecável esse ano.

#3 Feist – Comfort Me

‘when you comfort me it doesn’t bring me comfort actually’ – é com essa pedrada que Feist começa e termina essa música, que no fundo me conforta. Começando bem suave, ela termina de forma grandiosa. Acho que definitivamente tenho uma queda por músicas de letra triste.

#2 Adele – Rumour Has It

Eu acho que é uma das únicas músicas do álbum da Adele que não me passa tristeza. Apesar de falar do tema pesado – fofocas – ela é irônica, brinca o tempo todo (no DVD ela até mostra o dedo pra plateia) e a batida da música é hipnotizante. Talvez vocês me perguntem: e ‘Rolling in the Deep’? Essa eu já coloquei na minha lista do ano passado (sim, a música é de 28 de novembro de 2010). ‘People say crazy things’.

#1 Florence + the Machine – Shake It Out

Em uma primeira audição não achei essa música nada demais. Em uma segunda, terceira e quarta audição, idem. Mas aos poucos fui ouvindo as nuances dessa música e, junto a letra, foi crescendo em mim. Acho que muita gente se identificou com o ‘I am done with my graceless heart’. Muitas vezes é hora de se mexer, se soltar, e largar essas amarras todas da nossa vida.

 

top 5 :: álbuns

#5 St. Vincent – Strange Mercy

‘Cruel’ da St. Vincent, com o perdão do trocadilho, é uma das músicas (e vídeos) mais cruéis que eu vi recentemente. Com uma delicadeza ímpar, Annie Clark desfila músicas deliciosas nesse Strange Maercy – coisa que ela já tinha feito muito bem também em ‘Actor’, de 2009. Dona aqui de uma sonoridade radiante, cheia de sintetizadores e guitarras, St. Vincent fez um CD que me passa todo um frescor. É delicioso de ouvir.

#4 Florence + the Machine – Ceremonials

Confesso que achei um álbum difícil. Explico: Gosto de todas as músicas, umas mais, outras menos, mas gosto de todas. Florence grita muito (o que me cansa), e as poucas variações nas músicas torna o CD um pouco massante. Mas não se engane: Todas as músicas são cobertas por aquela personalidade marcante e muitas vezes mística que vimos em seu primeiro CD, Lungs. Florence sempre consegue me tocar como nenhuma outra cantora faz, e, mesmo que não seja uma obra prima, ainda é um dos meus discos preferidos do ano. Não deixe de ouvir ‘Never Let Me Go’.

#3 Feist – Metals

Sou daqueles fãs que se encantaram com Feist tanto no Broken Social Scene quanto em sua carreira solo. Desde ela voando pela janela na adorável ‘Mushaboom’, foi só crescendo em mim. Não conheço ninguém que não tenha gostado de ‘1, 2, 3, 4′ (seu maior sucesso). Depois de 5 anos quieta, Feist lançou Metals e minha primeira reação foi: Cadê aquelas músicas fofinhas? Em um momento mais contido, Metals foi outro álbum a crescer devagar dentro de mim e não consigo não me exaltar ao ouvir os tambores de ‘The Bad in Each Other’, ao ouvir vozes sussurrando em ‘How Come You Never Go There’, e a delicadeza de ‘Comfort Me’.

#2 Adele – 21

Uma coisa é fato: Adele fez muita gente se emocionar (e até chorar com ela) esse ano. Acho difícil alguém não se identificar com suas incríveis letras de dor e separação. Eu me emocionei e ouvi esse álbum até cansar. Deu até pra cansar do tanto que algumas músicas tocaram em todos os lugares, mas é inegável o talento vocal dela. Das batidas de ‘Rumour Has It’ e ‘Rolling in the Deep’ até a melodia sofrida de ‘Someone Like You’ o álbum só dá uma caída no meio do caminho (eu particularmente não gosto de ‘He Won’t Go’ e ‘Take it All’) mas não deixa de ser pra mim o segundo melhor álbum do ano.

#1 Lykke Li – Wounded Rhymes

Lembro de uma voz marcante cantando uma música fofinha chamada ‘Dance Dance Dance’ alguns anos atrás, e pra minha surpresa a dona dessa voz lançou em 2011 um CD com músicas incríveis. Já me peguei dançando com o primeiro single ‘Get Some’. Cantei até ficar rouco com “I Follow Rivers’ e me emocionei em ‘Sadness is a Blessing’. Comecei a gostar de ‘I Know Places’ quando ela tocou em uma das minhas séries preferidas (Parenthood) e descobri que era uma canção incrível também. Lykke Li  fez um álbum que gosto de ouvir de cabo a rabo, e, tirando poucas músicas que não são maravilhosas, fez um álbum delicioso. Meu preferido em 2011.

 

top 5 :: séries de TV

#5 The Big C

Não sei o que falar de Laura Linney. Ela sempre foi uma das minhas atrizes preferidas, desde que vi sua sincera atuação em ‘Conta Comigo’. Desde então ela foi merecidamente indicada mais duas vezes ao Oscar. Quando ‘The Big C’ estreou quis assistir por causa dela, e descobri ali um tesouro: uma série de humor negro que faz você rir bastante e chorar com as situações bem difíceis que vive uma paciente de câncer. Sei que muita gente largou a série na primeira temporada, onde cada episódio era meio que ‘tenho câncer quero fazer o que me der na telha’. Com o acréscimo de personagens interessantíssimos, Rebecca (Cynthia Nixon, de ‘Sex & the City’), a melhor amiga bitch e Lee (Hugh Dancy, de ‘Delírios de Consumo de Becky Bloom’), um companheiro na luta pelo câncer, The Big C cresceu e se tornou uma série melhor e cada vez mais triste também.

#4 Parenthood

‘Parenthood’ é tudo aquilo que toda novela da Globo queria ser e no fundo não consegue: parecer com a vida real. A série conta a história de quatro irmãos: Adam (Peter Krause, de ‘Six Feet Under’), Sarah (Lauren Grahan, de ‘Gilmore Girls’), Julia (Erika Christensen, de ‘Traffic’) e Crosby (Dax Shepard, de ‘Zathura’) e seu dia a dia em família, com seus pais, companheiros e filhos. Não tem ninguém sofrendo de câncer, não tem nenhum vilão, não tem ninguém drogado… Seus problemas são os que a gente vive: ficar desempregado, perder um namorado, ter 40 anos e não se achar ainda em uma profissão, querer ter mais filhos, filho indo pra faculdade… Falando assim parece chato, não? Não é. É simples, é sensível e você se sente parte daqueles dias daquela família. Não tem nenhuma grande atuação, nenhum roteiro incrível cheio de reviravoltas, e é justamente por isso que é tão boa: tudo é natural, bem escrito e bem atuado.

#3 Parks and Recreation

Dois amigos meus tentaram de toda forma que eu assistisse essa série e eu não queria ver porque eu nunca consegui gostar muito de ‘Arrested Development’, e o tipo de humor é bem semelhante nas duas séries. Mas resolvi assistir e me divirto muito! Apesar de uma primeira temporada meio fraca, a série cresce muito a partir da segunda. Amy Poehler é uma excelente comediante e lidera muito bem essa série repleta de bons coadjuvantes. A série mostra a rotina da repartição de parques e recreação da cidade de Pawne e a convivência entre esses funcionários públicos. Com episódios curtos, superou pra mim ‘Modern Family’ no quesito séries de comédia.

#2 Homeland

A melhor série estreante, sem sombra de dúvidas, é ‘Homeland’. Com um roteiro muito bem amarrado (saudades de quando ‘Damages’ era incrível), conta a história de uma agente do CIA, Carrie (Claire Danes) que ouve de um informante que existe um americano que se converteu ao lado dos terroristas. Com a descoberta de um soldado americano que viveu preso por 8 anos e sua volta como herói aos Estados Unidos, Nicholas (Damian Lewis, de ‘Um Lugar para Recomeçar’), Carrie desconfia que aquele tido como herói na verdade é um novo terrorista. Com atuações e situações espetaculares, a série é um jogo de gato e rato que merece ser assistida (principalmente se você gostava de séries como ’24 Horas’ e ‘Damages’).

#1 Breaking Bad

Todo ano eu via Bryan Cranston ganhando o Emmy de melhor ator em série dramática e todo mundo elogiando a série que resolvi assistir desde o começo. Não me arrependi: precisei ver tudo de cabo a rabo. Cranston é aquele tipo de ator que pega um papel difícil e consegue fazê-lo de forma incrível. A história gira em torno de um professor de química que descobre que tem câncer e resolve usar seus conhecimentos pra fabricar drogas em um grau de pureza único para que possa pagar seu tratamento e ainda deixar sua família em boas condições quando morrer. E pegando o título da série, que é uma expressão que significa algo do tipo ‘o que é ruim pode ficar pior ainda’, a série é uma sucessão de desastres que te deixam boquiaberto e fazem você querer ver o próximo episódio logo. Tem 4 temporadas excelentes e se prepara para sua última temporada no ano que vem.

 

top 5 :: filmes

#5 Sentimento de Culpa

‘Sentimento de Culpa’ traz o casal Kate e Alex (Catherine Keener e Oliver Platt) que não vê a hora da sua vizinha já velhinha falecer para que possam comprar o apartamento dela e aumentar o próprio. A velhinha, por quem você não tem nenhuma simpatia MESMO, tem duas netas, Rebecca e Mary (Rebecca Hall e Amanda Peet), que, de certa forma, não aguentam mais ter que cuidar da vó. O filme retrata muito bem o fato de que muitas vezes queremos coisas que vão além do que é ético. Kate dá esmola a qualquer mendigo porque acha que faz o certo. O filme parte dessas reflexões, e, junto a um elenco afiado, cria um filme surpreendente que faz a gente mesmo refletir sobre nossa vida (sem liçõezinhas de moral).

#4 Bravura Indômita

Nunca fui fã de filmes de faroeste (que é um gênero pouco explorado hoje em dia). Mas sou fã dos irmãos Coen, e resolvi por fé nesse filme por ter sido tão bem recebido por crítica, prêmios, e ter feito uma bilheteria assombrosa lá fora. Não me arrependi. Não tem como não se envolver com a mocinha Mattie Ross (vivida com muita competência pela novata Hailee Steinfeld), que, mesmo tão nova, parte estrada afora para encontrar o assassino do seu pai. Através de uma jornada fascinante e emocionante a gente admira a bravura daquela mocinha. Nunca achei que fosse gostar tanto de um filme de faroeste, mas achei este incrível.

#3 Um Sonho de Amor

Juntou Itália, Tilda Swinton (ô atriz sensacional!), direção de arte junto a figurinos maravilhosos e ainda por cima o tema gastronomia? Ganhou meu coração. Já falei mais desse filme nesse post aqui.

#2 Toda Forma de Amor

Outro filme que já falei por aqui.

#1 Cisne Negro

Uma dedicada bailarina, Nina (Natalie Portman), ganha uma oportunidade única: dançar o papel principal do ‘Lago dos Cisnes’. Mas apesar de dançar belamente o cisne branco, ela tem dificuldades em interpretar o cisne negro. Lidando com os torturantes ensaios, com uma mãe aterrorizadora, um treinador sempre insatisfeito e uma bailarina novata que sabe dançar perfeitamente a parte do cisne negro. Muito mais que lutar contra isso, Nina tem que lutar contra o seu conflitante interno. Com ares de filme de terror, Darren Aronofsky conduz com maestria um filme daqueles que você fica com a mão na boca o tempo todo.

 

top 5 :: receitas

#5 mac’n’cheese

Como fico bastante tempo sozinho em casa, é uma receita perfeita pra quem cansou do miojo. Fácil de fazer e saboroso. Praquelas horas de preguicinha, é ideal.

#4 hambuguer com bacon, queijo e cebola caramelada

Quem me conhece sabe que minha comida preferida é hamburguer. Todo mundo me questiona: um chef, gostar de hamburguer? Sim! Nunca esqueço que a primeira coisa que fiz ao voltar dos meses na Argentina foi ir ao McDonald’s comer um Cheddar McMelt. Gosto é gosto, e pra mim essa receita em si é uma maravilha.

#3 coxinha de carne de sol e abóbora 

Outra coisa que senti falta vivendo fora do Brasil foram as coxinhas. Aprendi a fazê-las, e me lembro de fazer sempre na Argentina as de frango com catupiry, substituindo o inexistente catupiry por cream cheese. É isso aí, a gente se vira com o que tem, e ficou bom! Voltando ao brasil usei um dos ingredientes preferidos dos porteños: a abóbora (pasme, lá existe até nuggets de abóbora) e um que sentia falta do brasil: a carne de sol. A combinação é sempre uma delícia e com essa coxinha não foi diferente.

#2 salada de couscous com frango e rúcula 

Outra receita ótima pra quem vive sozinho. Tenho um amigo que não gosta de salada e achou essa uma delícia! Tento manter em casa sempre uma caixa de couscous marroquino (porque amo), e os outros ingredientes geralmente tenho por aqui. Ela é completa, rápida de fazer e ainda por cima é prato único. Pra que fazer carne + arroz + feijão + salada (não que eu não goste disso tudo), se você pode fazer uma salada que contenha tudo o que você precisa, te sustenta sem pesar e ainda ajuda na balança né? Ao menos pra mim ela é uma ótima opção sempre.

#1 pão de mel 

Como disse no post original, essa receita tem gosto de infância, e é por isso que gosto tanto. E fazendo em casa ainda faço do meu jeito: coloco uma camada graaande de chocolate meio amargo (porque não gosto muito do ‘ao leite’), muito doce de leite mineiro e faço essa delícia que todo mundo aqui em casa ama. Acaba sendo uma comfort food. Amo. 

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  • Teresa diz:

    Oi Gui!!
    Se é que posso te chamar de Gui!!
    Leio sempre o seu blog, venho acompanhando-te há algum tempo sem deixar nenhum comentário. Faço grande parte das suas receitas, não digo quase todas pela dificuldade de achar certos ingredientes na minha cidade.
    Como nunca comentei em um post seu, resolvi hoje (dia em que vou reproduzir mais uma receita sua – o pão de mel) para te parabenizar pelo blog. Adoro suas receitas, adoro suas reflexões, as músicas que você indica, enfim, meus parabéns!! Tudo de melhor aí pra vc na França, são os meus maiores votos de que dê tudo certo pra vc, e que quando voltar a BH abra uma confeitaria, que faço questão de conhecer – sou de Minas também, Juiz de Fora!
    Depois comento se o pão de mel deu certo ou não!!!
    Obrigada por sempre inovar e me ajudar na cozinha…!!
    Teresa

  • […] Continuo, como cada ano, postando listas de fim de ano com as coisas que mais gostei. Começo hoje pelas músicas e álbuns. As listas do ano passado estão aqui. […]

  • […] Continuo, como a cada ano, postando listas de fim de ano com as coisas que mais gostei. Não gosto de chamar de “o melhor” porque quem sou eu pra julgar qualidade de alguma coisa, não é? Gosto é gosto, e aqui está o que mais gostei em algumas áreas em 2013. Começo hoje pelas músicas e álbuns. A mesma lista em anos anteriores: 2012 e 2011. […]

  • […] Continuo com minhas listas de 2013. Os filmes são escolhas e texto meu e não do colaborador do blog Adriano Ferreira, que escreve a coluna cinema. A mesma lista em 2012 e 2011. […]

  • […] Hoje é dia de listar minhas receitas preferidas entre as postadas no ano. E também uma lista nova, pra quem quiser ver (ou rever) ou posts mais acessados de 2013 no blog. E também as receitas escolhidas em 2012 e 2011. […]

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