tony e susan

Susan Morrow é uma mulher que trabalha meio período como professora de inglês, cuida da casa, toma conta dos três filhos que tem com um médico, Arnold. Seu ex-marido, Edward, é escritor. Ao menos sempre tentou ser um. Suas tentativas em ser um escritor, aliás, foi o que fez o casamento dos dois naufragar há vinte anos – período esse em que a única notícia que tinha do ex eram os cartões de natal que a segunda mulher de Edward mandava anualmente.

Até que um dia Susan recebe um pacote de Edward. Uma carta pedindo que ela leia seu novo romance, Animais Noturnos. Se por um lado ela está intrigada em ler, ela também se sente incomodada com um fantasma passado em se lembrar do vivido com o ex. Ela começa a leitura, e somos, junto a ela, apresentados a uma nova história. Um livro dentro do livro, que mexe profundamente com as lembranças de Susan.

Esse romance foi lançado em 1993 mas voltou a ser falado em 2016 pelo fato de que Tom Ford o adaptou para o cinema usando o título do livro dentro do livro, Animais Noturnos. O filme é uma boa adaptação do material (embora me incomode o fato de que Tom Ford deixa tudo excessivamente bonito enquanto no livro tudo e todos são normais ou feios), mas falta no filme o quão perturbador é acompanhar a história enquanto livro. Ele me perseguiu por meses. Comecei a ler há algum tempo, mas o livro acabou de me deixando meio arrasado, misturado a alguns problemas pessoais. Precisei esperar alguns meses para terminar a leitura. É uma dessas histórias que te agarram e que você fica tenso junto aos personagens principais – Susan e suas lembranças e inquietudes e Tony, o protagonista da história dentro da história.

Austin Wright conduz e costura Tony e Susan de maneira ansiosa e perturbadora. Você se pega preso àquela história, assim como Susan e Tony também se prendem em suas próprias mentes e armadilhas.

• Janeiro 17th 2017
• animais noturnos / Austin Wright / na cabeceira / nocturnal animals / tony and susan / tony e susan
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