carta amarela #122 – escolhi o sim

carta amarela #122 – escolhi o sim

Belo Horizonte, 23 de novembro de 2015

Bello,

Faz tempo que escolhi dizer sim. Disse sim para mim quando encarei o medo e enviei uma carta escrita a lápis em papel pautado arrancado do caderno para o menino que sentava na primeira fileira. Quando eu peguei o guarda-chuva da amiga, saí na tempestade ruas afora e bati a campainha só para dar um abraço. Quando decidi que precisava trocar de profissão. De país. Que eu precisava dizer sim para as oportunidades.

Eu digo sim para mim quando assumo as …

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carta amarela #121 – janela aberta

carta amarela #121 – janela aberta

Belo Horizonte, 9 de novembro de 2015

Queridos amigos,

Faz algum tempo que resolvi deixar o passado pra lá, quieto. Um passado mais distante. Mas tem coisas a gente não tem muito controle. Quando a gente abre as janelas, todas, o vento vem e traz tudo aquilo que a gente talvez não esperava. Mas é aí também que a gente renova o fôlego.

Eu fui o menino que permitiu que comprassem todas as balas da padaria. Que beijassem meu primeiro beijo. Que apontassem meu lápis até que só …

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carta amarela #120 – acredite em você

carta amarela #120 – acredite em você

Belo Horizonte, 27 de outubro de 2015

Queridos amigos,

Semana passada fez um ano que tive uma crise daquelas. Quis reler essa carta pra pensar o que fiz pra mudar isso. Parei no parágrafo onde eu dizia que não via talento em mim mesmo. Aos poucos nesse último ano fui tentando descobrir não exatamente meu talento, mas o que me move a fazer as coisas bem. Eu cozinho querendo agradar; eu desenho querendo criar coisas belas; eu escrevo querendo colocar mais cor numa vida em preto e branco. …

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carta amarela #119 – incompleto

carta amarela #119 – incompleto

Belo Horizonte, 12 de outubro de 2015

Queridos amigos,

Sentei-me na grama. Estiquei as pernas e os pés até sentir estalar. Me recostei vagarosamente, olhando o céu. Encostei a cabeça na grama, senti que estava levemente úmida. Fiquei olhando pra cima. A ponta dos eucaliptos tocando o céu. Cortando o azul com seus galhos balançando com o vento. Pensei em quanto tempo faz que estou solteiro. E parei pra pensar no porque procuramos sempre alguém.

Lembrei da música que diz que “é impossível ser feliz sozinho”. Não é …

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