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Tem bastante tempo que eu ensaiava escrever aqui sobre o Septime, um restaurante bem simpático de Paris que tem se tornado cada vez mais um lugar difícil de se conseguir uma mesa. A fama dele começou quando entrou em 2012 na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo, mas ficou ainda mais famoso depois que fotografaram Beyoncé praticamente só comendo lá quando vai a Paris.

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Nessa hora você pode estar pensando: Mas deve ser um restaurante caríssimo, não? E não é. Não é também barato, mas tem um preço bem justo comparado ao que é servido: no almoço o menu entrada/prato/sobremesa sai a 28 euros e para o jantar, 58 euros um menu de 5 pratos.

Tem que ir preparado para comer o que tem. É daqueles restaurantes que não tem um menu fixo, a cada almoço e jantar eles criam um menu diferente e você não tem opção nenhuma já que todo mundo que estiver no restaurante vai comer a mesma coisa. Você pode no começo dizer se é alérgico ou não come algo em particular (tipo vegetariano). Eu particularmente adoro esse tipo de restaurante porque me incita a provar coisas diferentes, a experimentar novas sensações e também porque sou indeciso demais na hora de escolher coisas num cardápio!

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O Septime é mais um dos restaurantes bacanas do 11ème, o bairro onde eu morei. É interessante observar como o bairro mudou tanto em 2 anos e tem se tornado um lugar bem bacana de se conhecer e de comer muita coisa. Desse bairro já citei aqui no Paris de Comer a fábrica de Chocolates do Alain Ducasse, o terraço delicioso do Le Perchoir e o de estilo francês/asiático Pierre Sang Boyer.

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O ambiente do restaurante é bem gostoso. Os espelhos e vidros que dividem os ambientes dão um ar de maior espaço ao pequeno restaurante. As mesas aqui não são tão grudadas, rústicas de madeira. A cozinha é aberta, você vê o movimento todo por lá enquanto está no restaurante. De dia o lugar é bem iluminado e de noite tem um clima mais íntimo, com iluminação difusa. O serviço é impecável, e um dos mais simpáticos que já vi em Paris. Os garçons explicam atenciosamente o menu do dia e sugerem os vinhos. O chef Bertrand Grébaut é conhecido como um dos mais artísticos de Paris. Seus pratos são tão tão lindos que são desses de dar dó de comer, numa procura sempre por formas diferentes, cores interessantes, que já nos fazem comer com os olhos. O sabor também é um ponto alto, claro. Sempre com ingredientes frescos, muitas ervas (muitas das quais nunca tinha nem ouvido falar), e buscando texturas diferentes num mesmo prato. Tudo cozido no ponto correto.

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O grande problema de lá é realmente seu sucesso. Para conseguir uma mesa é necessário reservar 3 semanas antes pelo site. Mas assim, tem que ser exatamente 3 semanas antes que você vá. Não dá pra ser antes pois eles só abrem reserva diariamente para as próximas 3 semanas, e com menos disso é realmente impossível conseguir um lugar. Se estiver por Paris já consegui reserva indo na cave à vins deles, que é do outro lado da rua e fazendo uma reserva com eles, mas mesmo assim pra ao menos uma semana e meia. Eles abriram mais recente, logo ao lado, seu restaurante de frutos do mar. Diz uma amiga que ela achou melhor que o Septime em si, e esse não precisa de reservas. Quando eu puder experimentar conto mais.

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Septime

80, rue de Charonne / 75011 / metrôs Charonne (linha 9 – verde claro) ou Ledru-Rollin (linha 8 – lilás)

abre às segundas para o jantar e de terças à sextas para almoço e jantar

Fotos / noite: Fabrice Reveilhac / dia: Emilie Guelpa

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