
me chame pelo seu nome
Qual foi seu primeiro amor? Provavelmente algo impossível, impermanente e cheio de paixão. Que a gente achava que ia durar pra sempre e que pelas descobertas vividas nos fazem sentir os mais felizes ou os mais tristes do mundo. “Nossos corações e corpos são nos dados somente uma vez”, diz um sábio pai (Michael Stuhlbarg) já quase no fim de Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me By Your Name). É uma frase que vem do romance de mesmo nome e exemplifica bem a sensação do filme: aquele sentimento de como é ser jovem, do que sentimos ao nos perder e nos encontrar, com um coração e corpo aprendendo o que é amar e pertencer.
É verão de 1983 numa bela villa no nordeste da Itália. Um estudante americano, Oliver (Armie Hammer) chega para um estágio de verão, ficando na casa de seu professor (Stuhlbarg). Ele é observado, desde seus primeiros momentos de chegada, pelo adolescente Elio (Timothée Chalamet), de 17 anos, fascinado pela forma como Oliver se veste, como fala, como vive.
Aos poucos Elio começa a perceber seus sentimentos por Oliver. Entender por que se sente desconfortável quando Oliver massageia suas costas no meio de um jogo de volei e por que se preocupa com o que aquele jovem 7 anos mais velho pensa dele. É vagarosamente, como numa dança, que ambos se conectam e o filme se torna uma história delicada e envolvente dessa ligação sexual e emocional.
[aviso: a parte a seguir contém alguns spoilers]
Já escrevi aqui, em 2011, sobre Um Sonho de Amor, outro filme do diretor Luca Guadagnino, um romance entre uma esposa e o amigo de seu filho. Entre duas pessoas de diferentes idades. Em Me Chame Pelo Seu Nome Guadagnino volta a esse território, e traz consigo alguns aspectos de sua filmografia: o fato de sempre encontrar beleza em cada raio de sol que passa a cada frame, faíscas entre olhares e delicadeza nas conexões. O coração do filme se encontra na figura do pai, tão sábio. O discurso ao final do filme é emocionante, e me fez me lembrar muito do meu pai. Não dá pra não falar também da primorosa atuação de Chalamet. “Eu só queria estar com você”, Elio diz a Oliver, pleno de jovens sentimentos e sem saber muito o que fazer com o iminente término da relação quando o estudante voltar ao seu país. E mesmo frente ao fim, é durante os créditos finais uma das cenas mais bonitas. Ao som de Visions of Gideon, música que Sufjan Stevens compôs para o filme, que a gente para pra refletir. Ao observar que a história continua ali, no silêncio de Elio que chora tentando não chorar. E a gente o vê crescendo bem diante dos nossos olhos. A gente sabe que ele vai amar de novo. Mesmo que ele ainda não saiba disso.
Guilherme, boa tarde! Estou em um dilema, por favor me ajude. Meu filho (único) atualmente com 20 anos está extremamente decidido em seguir a carreira de gastronomia (ele não fala inglês e muito menos francês). Sou Engenheiro (obviamente) desconheço totalmente esta profissão, razão pela qual gostaria de sua opinião sobre a melhor forma (e mais econômica), pelo menos aqui no Brasil as coisas não estão fáceis, de como ele deve iniciar esta carreira profissional. Ele está com a intenção de fazer o curso de gastronominia (curso de Tecnólogo) aqui em São Paulo na Faculdade Anhembi-Morumbi, onde paralelamente fará um curso intensivo de francês, para que, segundo seus planos ( nosso) ao concluir o curso pretende continuar o aprendizado nas escolas (com estágios práticos) aí na França (ainda não sabe exatamente qual a região). Fico muito agradecido se você responder aos meus anseios, para não dizer sufoco.