loucamente apaixonados

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Faz alguns meses que o Adriano, um grande amigo que escreveu sobre cinema no blog por três anos e meio, pediu para parar de escrever aqui por motivos pessoais. Deixei que o tempo corresse sem as resenhas de cinema até que eu resolvi tentar escrevê-las eu mesmo. Não acho que levo muito jeito pra escrever sobre filmes, mas eles são uma paixão tão natural na minha vida que resolvi começar a tentar. Gosto de escrever sobre paixões, então espero que eu me saia bem por aqui. Começo com um filme que gosto muito e que acabei revendo anteontem, ao dar de cara com ele no Netflix.

Loucamente Apaixonados (Like Crazy) faz o estilo de filmes românticos que gosto. Poderia colocar nesse estilo alguns filmes como Weekend, a trilogia Antes do Amanhecer, Antes do Pôr-do-Sol e Antes da Meia-Noite e até o triste Namorados para Sempre. É um estilo de filme delicado, sem grandes reviravoltas, calcado na realidade e com o leve amargor que a vida real tem.

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Aqui temos uma história que mostra a grande vulnerabilidade de alguém ao se apaixonar, na delicada relação entre os jovens Jacob (Anton Yelchin) e Anna (Felicity Jones). Os dois são alunos da UCLA, em Los Angeles. Ele, um americano que quer ser designer de móveis, ela uma inglesa que aspira ser escritora. A relação doce certo dia encontra um entrave: o visto de Anna acaba e ela precisa voltar para a Ingleterra. Aí embarcamos com eles numa jornada por horas tristes – também marcados pela delícia de reencontros – de um relacionamento à distância.

É interessante rever esse filme 5 anos depois da primeira vez. Foi o filme que revelou Felicity Jones, atriz que poucos anos depois concorreu ao Oscar de melhor atriz por A Teoria de Tudo e que atualmente está em cartaz nos cinemas sendo a protagonista de Rogue One, grande sucesso de bilheteria do fim de 2016. Aqui também temos Jennifer Lawrence, até então uma atriz pouco conhecida, fazendo um papel secundário. E também Anton Yelchin, uma das pessoas talentosas que 2016 levou embora.

Drake Doremus, o diretor e roteirista, disse que escreveu o filme baseado em um relacionamento à distância que ele mesmo viveu. Talvez seja por isso que o diretor é tão atento às muitas pequenas frustrações que podem minar um relacionamento assim. Loucamente Apaixonados é genuinamente dolorido por tão palpável que é como realidade: o amor é mesmo uma montanha-russa. E é assim, pela forma que a vida acontece, que o amor também machuca.

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  • continua falando de filme sim, Gui! :) foi bom relembrar desse, que também mexeu muito comigo. aliás, antes do amanhecer e antes do pôr do sol são meus filmes preferidos e compartilho contigo esse gosto pelas histórias costuradas pelos detalhes do dia a dia. que são, na verdade, o que importa na vida, né? li que os atores improvisaram as cenas e acho que, assim como o roteiro “colaborativo” dos filmes de Linklater, isso torna tudo mais real. mas por mais que o real machuque, melhor amar e se machucar do que não viver (como lembra, também, a triste partida prematura de Yelchin, né?). beijo!

  • Anni diz:

    Esse filme é lindo. Doce na medida certa e realista. 😀

  • Bel diz:

    Eu amo esse filme! É um dos meus filmes românticos preferidos. Hoje em dia, aliás, é o único ‘estilo’ de filme romântico que assisto.

    Beijos
    http://belsantanna.com/

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