hunger

“As pessoas se usam como armas. É uma ferramenta para quando não há mais saída.”

É difícil começar a falar desse filme aqui. Lançado em 2008 (mas nunca comercialmente no Brasil, só em festivais), o filme explora o extremo físico e o extremismo político. Se passa em uma prisão no norte da Irlanda, onde militantes do IRA (Exército Republicano Irlandês) estão presos por uma série de protestos contra o governo britânico em 1981. Dirigido por Steve McQueen o filme alcança extremos de violência e silêncio. A brutalidade é impressionante. É um filme persuasivo, provocativo e asqueroso. Sim, não é pra qualquer estômago.

E aí você me pergunta o que ele está fazendo nessa seção do blog. E eu lhe respondo: O filme centra em um desses presos, Bobby Sands, fazendo uma greve de fome. O filme retrata todas as consequências disso. É torturante ver, psicologica e fisicamente a transformação que se tem com a falta de comida. Você não precisa concordar com o que faz Bobby, mas é incrivelmente tocante o que você irá sentir. São cenas difíceis de se ver, mas filmadas de forma gentil. É como se alguém usasse seu corpo em favor de uma arte de protesto. E se o filme não é em seu total um documento histórico, é sem dúvida um documento emocional vestido de imagens poéticas e de belíssimas composições.

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Hunger, de Steve McQueen

96 minutos :: Inglaterra/Irlanda :: 2008

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