cartas amarelas

Belo Horizonte, 2 de fevereiro de 2012

Queridos amigos,

Para quem já recebeu alguma carta minha, sempre tive uma peculiaridade. Uma coisa meio de designer, que precisa colocar sua própria identidade em tudo o que faz. E qual essa diferença? Os envelopes amarelos. Amarelo, das minhas cores preferidas, que sempre fui fascinado porque me resgata aspectos felizes e radiantes. Mas a grande diferença em minhas cartas é o gostar de escrever.

Hoje em dia é muito mais fácil escrever e-mails. São rápidos, a informação chega fresquinha. Mas e aí? Você volta aos e-mails dos seus amigos vez ou outra pra relembrar alguma coisa de outros tempos? Eu não. Mas eu tenho uma caixa cheinha de cartas dos amigos que eventualmente leio, seja pra me animar ou matar a saudade. Ah, a saudade… Só mesmo na nossa língua pra ter uma palavra exclusiva pra esse sentimento tão lindo e tão apertado!

E eu escrevo pra mim. Pra voltar, pra resgatar. Que cheiro e gosto tinha aquela época? Como eu sonhava?

Começo hoje, com esse novo ciclo de vida, minhas novas cartas. Quero escrever muitas, pra amigos e aqui no blog também. Está intitulada a nova seção: cartas amarelas. Com medos, confissões e projetos. Pra quem lê de longe entender o que se passa por aqui. Quero registrar coisas incríveis que pessoas igualmente incríveis falam, sabiamente. Rir de mim. Sempre. É um talento que pretendo manter. Refletir muito. Aprender muito. E também continuar mudando de ideia, o quanto for necessário.

São algumas das metas. Me acompanha?

Um abraço bem apertado, daqueles de espremer até sair caldinho.

Gui

Fotos :: Lu Ferreira

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  • renato diz:

    óun! dá-lhe, gui! :}

  • tate diz:

    nho…acompanharei suas aventuras Gui, como de costume!
    bezu

  • Fernanda diz:

    você escreve de um jeito que dá pra sentir perfeitamente!

    por favor, não pare de escrever! gostamos de sentir o sabor das receitas e dos sentimentos!

  • Ana.. diz:

    Oi Gui.. Muito prazer, meu nome é Ana.., Ana Lú.. Lú de Lúcia. Como cheguei até aqui? Através da Lu, claaro… Chata de Galocha.
    Vocês não tem noção da dimensão que tem um blog! Acompanho o blog há um tempinho, mas bem salpicado, geralmente quando a Lu o menciona, hoje vim por mim mesma.. Fui ao “oráculo”, o google cliquei no “Moldando Afeto” e cá estou eu.rsrs.. Nem pense que passou despercebido com seus posts no Chata, acompanho suas colaborações.
    Quero desejar-lhe uma boa viagem, sinta-se abraçado! Sou do interior de Minas, adoro BH, casada, passada( idade)rsrs.. Digamos, passadinha néam..
    Ficarei na espera das cartas, cartas amarelas( passadinhas como eu, pq não?!)
    Moldando Afeto é isso.. Vai Moldando e de repente toma uma forma, única, surpreesdente, não acha! Que assim seja..
    beijos.. Ana Lúcia.

  • Receber cartas (de amigos) é raro, mas escrever com o coração, assim como você escreve, também é! Não deixe de compartilhar esse seu talento tão bonito!
    Tenho certeza que você vai conhecer pessoas incríveis nessa viagem, mas também tenho certeza que não vai passar despercebido por Paris 😉
    Boa viagem e boa sorte!
    beijos

  • Munike Abreu diz:

    Olá, sempre passo por aqui, adoro suas receitas, mas essa receita que acabo de ler é maravilhosa…gostaria de receber uma carta amarela um dia!

    Com acuçar com afeto…

    abraços!

  • Receber cartas é algo tão gostoso. Hoje em dia, as cartas que chegam pelo meu correio são contas para pagar. Quero de volta o amor dentro de um envelope! ^_^

  • Carol diz:

    Com certeza eu vou acompanhar!!
    Gosto demais desse blog e suas palavras sempre inspiradoras :)
    Um ótimo fds!!

  • Bacana a ideia de escrever cartas de uma cor só, como se fosse uma coisa só sua, uma identidade. Eu não tenho essa uniformidade, já escrevi cartas em guardanapos, atrás de cadernos velhos, cartas em mãos que se apagaram duranteo banho, atrás de fotos, cartões de aniversário, de despedida, de casamento. Fora as que foram entregues, tenho vários cadernos velhos, desde os tempos de colegial, com as primeiras paixonites, as primeiras decepções. Eu sou esquecido a bessa, então, é quase uma obrigação eu ter que amar colocar tudo que sinto no papel. Registrar, sabe? Sem essas cartas, jamais saberia quantas pessoas já amei, quantas já chegaram e se foram. Sem essas cartas todo ano seria ano novo. E mesmo os ruins, necessito relembrar todos os momentos. Até para saber onde errei, onde estava evidente e não enxerguei, quem me fez mal, quem me fez bem. Com o e-mail, vemos cada vez menos cartas serem entregues. Hoje a rosa vermelha é virtual e vem anexada. Nada melhor que ser “antigo”, colocar uma carta no correio de alguém especial, afinal, não vai ser com um clique que tudo aquilo que está escrito vai sumir, não é mesmo?

    Sempre bom ler aqui,
    abraços.

  • Simone Nascimento diz:

    eu ainda escrevo cartas e adoro receber! :)
    e com esse lance de internet as pessoas realmente se afastaram um pouco da mágica de abrir uma carta e saber o que tem de conteúdo.
    não lembro como cheguei a esse blog. sei que cheguei, gostei e vou ficar por aqui! muito legal!!!

    paz e bem,

    simone.

  • Thaís Rodrigues diz:

    Olá!

    Primeiramente, adoro suas receitas.
    Mas adoro igualmente o fato de você também escrever, é como se tivesse sentimento em cada uma das frases que leio. Estou começando a perceber que tem mesmo, é como umdom, uma mágica.
    Esta nova tag me veio como uma nostalgia, pois tempo atrás (que agora me parecem uma eternidade, apesar de minha pouca idade), essa era a forma como eu e minhas amigas nos comunicávamos. E era uma delícia. Tenho todas que recebi até hoje!

    Beijinho

    • gpoulain diz:

      acho que sempre é tempo de recomeçar a escrever cartas! sempre mando pros meus amigos… muitas vezes eles acabam não respondendo, na correria do dia a dia isso vai ficando pra lá… mas mesmo assim escrevo pelo prazer de escrever e de querer espalhar um pouco desse afeto que sinto por aí. que bom que você também gosta! beijo.

  • Eu sempre gostei das cartas. Já até namorei por cartas – aceitando a única forma de namorar a menina por quem era apaixonado na escola. E, coincidentemente ou não, a pessoa com quem mais troquei cartas até hoje na vida é responsável pela primeira leitura de um texto seu – Dançando Sozinho, publicado hoje. Passamos das cartas para os e-mails e, eu e minha mania de resgatar o passado, vez ou outra eu vou lá nas últimas páginas da minha caixa de entrada rever algumas mensagens eletrônicas. Vez ou outra também imprimo algumas delas e guardo em alguma das caixas que, tal qual você, são meu museu da saudade. E não é que eu me prenda ao passado, eu gosto de recordá-lo. Eu gosto de voltar naquele tempo em que eu era, porque é por causa dele que sou. E o que eu sou, outra hora vai ser o que eu era quando, mais à frente, eu for quem deva ser. Confundi tudo agora! Mas é que eu gosto do passado mesmo. E, tal qual vez ou outra faço com meus e-mails, resolvi viajar até a primeira, hoje última, página do seu blog. Começo do zero, da primeira carta, e estou passando pra dizer que provavelmente você acabará também recordando essas cartas de dois anos, porque esse é o segundo de, tenho certeza, muitos outros comentários enquanto passeio pelo seu afeto moldado.

    Grade abraço!

    • gpoulain gpoulain diz:

      eu entendi bem o que disse nessa “confusão”. eu por vezes volto pra ler essas cartas. é engraçado, são três anos que as escrevo, mas parece que é muito mais. vejo o quanto mudei, o quanto vivi. eu brinco que elas são pra mim mesmo. e não é brincadeira, por mais que muita gente as lê. é algo que faz parte de mim, da minha essência, do meu próprio amadurecimento com as vivências. um grande abraço!

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