carta amarela #94 – fratura exposta

carta amarela #94 – fratura exposta

Paris, 23 de outubro de 2014

Queridos amigos,

Sei que a vida não é fácil. Sei que é um constante esforço e nesses quase 30 anos de vida já vivi muita coisa. Também tenho muita coisa ainda pra viver. Não costumo ser tão aberto sobre minha vida aqui no blog porque acho que a gente tem que guardar algumas coisas pra si mesmo, mas ao mesmo tempo senti que preciso desabafar. Na virada pra 2014 lembro de um grande amigo me dizendo: “Gui, 2014 vai ser o seu ano!” Sorri meio tímido, mas eu sentia que seria um ano bem transformador na vida de alguma forma.

A vida nos meus últimos dois anos tem tido o seguinte dilema: Minha grande vontade era vir morar definitivamente em Paris. Sei que muita gente não “sente” a cidade, mas eu não sei explicar a minha relação com ela. Eu me sinto bem aqui de uma forma que eu nunca me senti em lugar algum, não sei explicar. Aqui não é melhor que outro lugar, a França não é melhor que o Brasil. Acho que cada um se sente e se acha em algum lugar. Achei grandes amigos aqui, vivi um grande amor aqui, acho que minha forma de viver coincide muito mais da forma que os franceses vivem que os brasileiros. É estranho dizer isso mas me sinto meio um peixe fora d’água em BH. Nesse meu último ano e meio em BH eu quase não saí de casa. Eu simplesmente não tinha vontade de fazer nada. Mas ao mesmo tempo, profissionalmente eu vi minha vida entrar em ascensão no Brasil: tudo estava se encaminhando super bem. E eu não sei o que fazer profissionalmente em Paris. Ficou essa grande dúvida: me dar bem na profissão no Brasil mesmo não vivendo onde eu gostaria ou largar tudo e talvez ter que me contentar em ter um trabalho que eu não queria na cidade que eu queria viver?

Aí que entrou a coisa do amor. Agarrei de tal forma no relacionamento que coloquei como objetivo voltar pra cá. Pra mim o relacionamento à distância estava funcionando até bem. Eu tinha o objetivo de voltar e pra isso trabalhei dia e noite, sempre com o alentozinho de que alguém me esperava aqui. Acho que talvez por isso também meu fim de relacionamento tenha sido tão duro: além de perder quem eu amava, meu objetivo também se esfacelava ali na minha frente. Talvez por querer tanto eu mesmo acabei com meu relacionamento: eu parei de cuidar de mim mesmo.

Vejo todo mundo me dizendo que sou talentoso e coisa e tal. Mas eu mesmo não consigo ver isso. Sempre acho que meus desenhos poderiam ser melhores; que minhas receitas poderiam ser ainda mais saborosas; que meus bolos poderiam ser mais bonitos; que meus textos poderiam deixar de ser frases que me vêm à mente pra serem bem escritos. Me acho mais esforçado do que talentoso.

Todo mundo me pergunta cadê o livro, e acho que preciso desabafar sobre isso também. Eu ia lançar por conta própria, mas numa dessas coisas do destino precisei destinar todo o dinheiro que eu tinha guardado pra um outro fim. Fiquei quase sem recursos – não gente, eu não estou numa vida de rei aqui na França, conto todos os meus centavinhos de euro. Recebi uma proposta legal de uma editora que eu sempre admirei, mas não sei também até onde isso vai chegar. Então por mais que eu tenha todo o projeto praticamente pronto, não sei ainda quando ele sai.

Nos últimos tempos pensei em acabar com o blog. De uma paixão ele acabou crescendo e me tomando tempo. E acabou virando quase uma obrigação, um trabalho. Comecei a postar mais por obrigação de ter algum conteúdo e menos porque eu realmente queria escrever aqui. Sei que quase não ganho dinheiro aqui, mas ele sempre foi minha porta de entrada pra vários trabalhos por fora. E os muitos comentários fofos que sempre recebi, os e-mail lindos de histórias tão bonitas, tudo isso sempre me deu alento pra continuar. Um calorzinho gostoso.

Sei que meus problemas são mínimos perto de coisas muito mais sérias que muita gente vive, e sempre vou me sentir grato por tudo que a vida me ofereceu. Por vezes a gente se sente num buraco desses que a gente acha que não consegue sair, mas eu sei que, com esforço, as coisas vão se encaminhando novamente. O que eu aprendi é que qualquer busca é válida. Talvez de todas as minhas tentativas, profissionais ou pessoais, acho que a mais importante tenha sido esta: partir sempre de um ponto muito pessoal ao começar um novo projeto. Canalizar todos os questionamentos e transformar nisso um recurso pra pensar a vida.

Aprendi recentemente que tragédias sempre rodeiam aquilo que a gente ama. Pessoas que a gente ama se vão. Projetos dão errado também. Demorei, mas entendi que tudo na vida tem um fim também. Talvez sabendo que nada dura para sempre seja o jeito de realmente amar as pessoas, coisas, lugares e momentos da melhor forma possível. E é talvez daí que vem o meu maior encantamento pela vida, por uma vida que merece ser muito mais que um trabalho pesado, por uma vida mais leve onde os amores se confundam, onde a gente tenha a certeza que cada fim também é um novo começo.

Um abraço apertado, cheio de incertezas, mas certo de novos começos.

Gui

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  • Léia Freisleben diz:

    Bom dia Gui!
    Adorei ler seu texto e me identifiquei com ele em vários aspectos, principalmente por ter um amor incondicional e inexplicável por Paris! Te admiro por ter voltado ao lugar que te dá essa sensação de estar de volta em casa (Paris). Muitos gostariam de fazer o mesmo, mas as amarras da vida não permitem.
    Viva esse momento e ame com intensidade! Você sabe o talento que tem e em qualquer parte do mundo se dará bem e no dia em que quiser voltar, BH te receberá de braços abertos.
    E não deixe de nos escrever, pois como diria Bauderaire ” Embriague-se sempre, seja de virtudes, de poesia ou de vinho…” e suas palavras nos embriagam de poesia, imaginando que estamos sentindo os aromas de sua alquimia na cozinha e tomando um bom vinho…
    Seja feliz sempre, todos os dias…
    Abraço,
    Léia Freisleben

  • Adriana diz:

    Gui
    Que texto mais lindo e cheio de sinceridade.
    Nunca comentei aqui antes, mas precisava te
    desejar tudo de bom e te dizer que vai dá tudo certo.
    As vezes a vida tem esses hiatos, ficamos meio perdidos, mas depois tomamos nosso rumo.

    Abraços carinhosos.

  • diz:

    Aiiii Gui!!
    Os caminhos são tortuosos, mas nunca se esqueça de que a cada guinada que o “destino” dá se abrem novas portas.
    Não desista dos seus sonhos (nem do blog, nem do livro por favor….rsrs), tenha gratidão pelas oportunidades que vc tem e aproveite com intensidade cada momento aí na sua “casa”. Não tenho dúvidas de que todas suas questões em breve se iluminarão com respostas inesperadas e com rumos que te deixarão mais sereno. Essas “crises” passam e são parte de nossos caminhos, nosso amadurecimento.
    Tudo de bom por aí! Que tenhamos em breve uma nova carta amarela contando novidades!
    Beijos

    ps: sim, vc é MUITO talentoso e todos seus trabalhos, textos, desenhos, etc trazem sorrisos pra vida das pessoas – quer mais talento que isso? ; )

  • Cláudia Januário diz:

    Não conheço vc, mas conheço Paris e sinto o mesmo que vc. Não me sinto bem em nenhum outro lugar no mundo. Me sinto uma estrangeira no meu país. Amo Paris de uma maneira que eu não sabia ser possível amar um lugar. Estou aqui torcendo por vc, pra que tudo dê certo, e se der errado, que vc consiga se adaptar às situações. Bjos!

  • Olá G., tudo bem?
    Então, há certo tempo comecei a acompanhar o seu trabalho. O conheci através do instagram.
    Sempre olho suas postagens, adoro suas fotos, receitas, textos, cartas amarelas e tudo que você faz. Te admiro de verdade. Acompanhei também o seu relacionamento, a sua paixão e fiquei extremamente triste ao saber que chegou ao fim, você, aparentemente é um ser tão bondoso e especial, gosto de ver as pessoas felizes e me doeu na alma saber que parte da sua felicidade chegou ao fim.
    Lembro de quando você veio para o Brasil e fiquei meio, como posso dizer, bestificada. Não acreditava que você iria largar Paris, a bela Paris e voltar para a pacata BH e iria também, abandonar uma centena de outras coisas que você havia conquistado no outro lado do mundo, mas como sempre via as suas postagens, percebi que você estava crescendo profissionalmente.
    Um belo dia, procurei no google sobre você e achei seu blog, fiquei interessadíssima e olhei tudo, tudo mesmo, passei um dia inteirinho frente ao computador olhando todas as suas postagens, lendo e compartilhando no meu Facebook todas as suas cartas amarelas. Olhando cada receita, vídeo, foto etc., então hoje, ao ler mais esta carta amarela, fiquei, mais uma vez, bestificada, ao saber que você estava levando o blog como um trabalho e não mais com o prazer inicial. Tenho um blog também, que quase ninguém conhece, sem patrocínios, um blog pequeno, com crônicas escritas por mim, nada que se compare ao seu blog, conto as minhas visualizações diariamente rs, mas isso não vem ao caso.
    Quando decidi comentar aqui, algo que nunca havia feito, pensei, no fundo do meu coração que precisava fazer isso. Introduzi uma dezena de coisas sem importância, mas agora direi o que penso e sinto.

    G., não fique triste. Quando seu amigo disse a você na virada do ano que 2014 seria o seu ano ele não disse nada mais, nada menos que a verdade. Fique sabendo que 2014 ainda não acabou (está prestes ao fim, mas ainda não acabou). Uma vez aprendi que a vida nos impõe barreiras para que nós a ultrapassemos e você está passando pouco a pouco por algumas delas. Você é talentoso, não pense que apenas é esforçado. Uma certa luz, que vem de Deus, te ilumina, não sei você, mas pelo menos eu acredito nisso. Sobre o seu livro, escreva-o, por favor, serei uma das primeiras a compra-lo. Te desejo paz, bem, sorte e sucesso.

    Abraços querido e obrigada pelas cartas amarelas.

  • Roberta diz:

    Olá Gui,
    Realmente cada um se encontra em algum lugar e não necessariamente esse lugar vai ser o lugar que você nasceu ou mesmo o lugar onde estão sua família e seus amigos.
    Me sinto exatamente do mesmo jeito, só que com outra cidade, em outro país.
    Assim como nos relacionamos com pessoas nos relacionamos com lugares também. E é desse equilíbrio que vem nossa felicidade.
    Paris te conquistou, conquiste-a também. A vida é muito curta pra não morarmos onde amamos. Cuide da ferida exposta e brinde o novo começo, a beleza da vida é justamente essa.
    Um abraço carinhoso!

  • Julia diz:

    Gui,

    Linda carta. Deve ter sido difícil para você se abrir dessa forma e contar como você esta vivendo esses últimos tempinhos. Eu me identifico muito com várias coisas que você comentou, em especial o fato de você se sentir um peixe fora d’agua aonde você está morando. Eu nasci e vivi em Sao Paulo por muito tempo até encontrar um grande amor na Dinamarca, e quando percebi que a distância nao podia ser uma constância no nosso relacionamento, eu resolvi me mudar e estar mais perto dele, mesmo morando em outro país – na Rep. Tcheca. Hoje vivemos juntos na Dinamarca, mas ainda sei como é se sentir perdido.
    Para mim, os nossos planos e projetos também tem que sair de um lugar muito pessoal e ser movido por um sonho bem profundo dentro de nós, e eu tenho certeza que você vai canalizar isso que você esta sentindo agora em algo muito lindo e muito verdadeiro como tudo que você tem feito até este ponto. Continue nos inspirando ! Um grande abraço, Julia.

  • Mariana D. diz:

    Gui, espero que tudo se solucione! Acredite no “timing” da vida…tudo se encaixa lá na frente! Se tiver um tempinho, dá uma lida nesse texto do Blog da Julia Faria. Talvez te faça bem:

    http://www.juliafaria.com.br/cronics/timing-is-a-bitch/

    Fica bem! E acredite: você é muito, muito, MUITO talentoso!
    Um abraço bem carinhoso!

  • caroline falcão diz:

    Vc é lindo! Sucesso!!

  • Fernanda B. diz:

    Olá Gui, querido! Que post lindo e recheado de sinceras palavras e sentimentos! Me identifico muito com vc, temos a mesma idade e somos feitos de dúvidas e sonhos a serem perseguidos. Não se aflija, as coisas vão se encaminhando. Continue com seus sonhos e ideais. Tente ser menos exigente com vc mesmo, sei bem o que é esse perfeccionismo exacerbado com as próprias coisas que às vezes nos faz perder o encanto conosco mesmos. Confie em vc, de fato talento é composto muito mais pelo esforço do que pela sorte, mas as pessoas temem em achar que 90% da receita do sucesso é a sorte, mas não é! O esforço que te leva para a frente, claro que a sorte dá uma ajuda, mas não é tudo! Não desista dos seus sonhos e os persiga até alcançá-los. Talvez vc já esteja vivendo algum sonho almejado, mas a busca constante pelo perfeito não te faça enxergar, talvez este sonho não está sendo tão “cor de rosa” e doce como foi idealizado, mas já está acontecendo. Eles nunca são tão doces e cor de rosa para ninguém, tudo tem dois lados! Um beijo afetuoso!

  • Gui,
    linda a sua carta, mesmo sendo um desabafo da sua vida e dos seus medos, dilemas existenciais, ainda sim suas palavras são doces, triste, mas doce… suas palavras foram como um espelho e me fez refletir as minhas próprias palavras e minha vida… não quero ser egoísta, mas por favor não pare de escrever.
    Desejo que encontre o seu verdadeiro eixo, seja em BH ou Paris, mas esteja acima de tudo feliz, pois eu acredito que de alguma forma são as pessoas que fazem dos lugares os seus lugares, não o contrário.
    Eu já te indiquei uma vez, mas não sei se não teve tempo de ouvir ou se não gostou, mas as músicas do Leo Fressato são lindas (http://www.amusicoteca.com.br/?p=8348), e eu não sei porque mas se parecem com este momento que está vivendo… o álbum dele tem um titulo que já explica sua intenção: “Canções para o inverno passar depressa”. (http://leofressato.com.br/)

    Beijo.

    “O correr da vida embrulha tudo.
    A vida é assim: esquenta e esfria,
    aperta e daí afrouxa,
    sossega e depois desinquieta.
    O que ela quer da gente é coragem.”
    João Guimarães Rosa

  • Gui,
    Identifiquei-me com o que vc está vivendo. Vivi a vida inteira no interior do Rio de Janeiro e nos últimos 6 meses estou na capital. Apesar de morar de frente para um lindo cartão postal carioca e achar a cidade deslumbrante, há algo que não se conectou e começo a me sentir angustiada … comecei a escrever sobre o assunto, timidamente, para desabafar …
    http://www.cafecomsucralose.blogspot.com.br/

    Suas cartas amarelas me emocionam profundamente. São tão verdadeiras que me fazem pensar. Obrigada por isso. Sucesso.
    Bjs,
    Tamara

  • Lilia Carvalho Finelli diz:

    Ei, gui!

    Outro dia, voltando de uma viagem, encontrei seu pai no verdemar. Acho que eu devia estar com uma cara que reflete suas inquietudes, porque ele comentou algo como: vc está meio fora do ar, né? Hahahaha

    Também estou com muitas incertezas… Não estamos todos?

    Não tenho nada de lindo maravilhoso inspirador para lhe dizer, apenas sempre me lembro de sua carinha feliz e me pego desejando a vc uma vida maravilhosa.

    Beijinhos,
    Lília

  • jusciene mendes diz:

    Gui,
    Que Deus ilumina sempre sua vida e que nada é por acaso.
    Bjs…

  • Mayara diz:

    Hey Gui!!!

    Só posso dizer que você é um ser iluminado e lindo! A vida infelizmente é cheia de altos e baixos e temos que aprender a lidar com isso… Com as perdas, com os ganhos, com as pedras e com as flores… Só posso dizer que tente se encantar pela vida a cada novo dia e nunca, mas nunca perca essa doçura do seu coração! Você é um querido! Desejo todo o amor, aquele mais doce e mais sublime do mundo pra você! Beijos

  • Amanda diz:

    Gui,
    Eu não vou falar pra você não abandonar o blog, não vou falar que você é talentoso ou esforçado, tampouco vou dizer quão belos são seus desenhos porque eu mesma já quis um, mas eu vou te dizer que nada é pra sempre. Nem mesmo a angústia e incerteza que tá pairando em ti agora.
    Eu estou indo embora de Buenos e realmente não me ajuda o “mas e o blog como fica?” Ainda que eu aprecie o carinho de cada comentário e elogio. Eu amo essa cidade, mas estou infeliz e não me sinto completa, parte disso por um amor que nunca tive, porque o blog se tornou obrigação e porque eu simplesmente não sei o que eu quero da vida. Aceitei que é normal de todo jeito.

    Normal também é iniciar outros projetos, viver outros amores, sofrer por outras tragédias, já que elas sempre vão existir. E se há uma coisa, só uma, que eu amo no sofrimento é o expelir de criatividade que envolve. O Buenos Aires para Chicas nasceu porque me sentia sozinha, fruto de uma separação horrível. E eu não trocaria essa separação pelas inúmeras felicidades que tive através do blog ♥.

    Um beijo.

  • Vivi diz:

    Oi, Gui! Acompanho sua “vida” pelo blog (que conheci através do Chata de Galocha, há alguns anos) e, depois, pelo Instagram. Percebi que você terminou seu relacionamento pelas fotos/comentários do Instagram e confesso que fiquei enviando boas vibrações pra você mentalmente. Fui uma das que perguntou pelo livro, que elogiou suas pinturas, seu trabalho como chef… Te admiro muito! Acho que você tem uma sutileza original e impecável! É incrível como você é “sensitivo” – um artista mesmo! Não sou psicóloga, nem experiente em nada, mas acredito que você esteja muito desolado por causa do término do namoro. Se Paris é a sua cidade, aproveita que tá aí e vai vivê-la, senti-la, deixar o tempo passar, se conhecer. Quem sabe até viajar por outros cantos da Europa? Faça yoga, dance, cante, busque coisas diferentes… Aos poucos sua cabeça vai encontrar algumas respostas. :) Fora isso, não desista! Continue “aquarelando”, suas pinturas são demais! Faça como hobby mesmo mas, quem sabe, pode se tornar um trabalho? Sinto que vem muita coisa boa pra você por aí…! 😉
    Beijão!

  • Rogéria diz:

    Emocionante, Gui!
    Viva tudo que tiver que viver, até o fundo, para que o recomeço seja esplendoroso!
    Bj

  • Natalia F diz:

    Gui,
    Muito obrigada por sua carta hoje. Fez meu dia melhor e me fez sentir menos sozinha neste mundo tão grande.
    Acompanho seu blog há um tempo mas nunca havia comentado nada. Suas cartas são sempre meus posts favoritos (e absolutamente babo nas receitas, são deliciosas). De alguma maneira, você consegue me tocar muito com o que compartilha. Há poucos dias passei pela mesma situação de fim de relacionamento, como dói ainda. Foi muito emocionante ser lembrada que devo cuidar mais de mim, olhar mais para dentro e ver que a felicidade baseada em outras pessoas é efêmera e pode se esvair rapidamente. A vida muda muito rapidamente, cabe a nós fazer de cada fim um novo começo. O que vivemos continua conosco, como parte de nossa história e daquilo que nos define. E acredito que nos torna mais fortes e cheios de vida.
    Muito obrigada novamente, espero que você esteja se sentindo preenchido com os ares desta cidade tão cheia de vida e história.

  • Sara diz:

    Querido Gui,
    Tb moro na Europa e é muito dificil esse tema de se re-inventar para poder entrar no mercado de trabalho…
    Se viver em Paris é tudo o que vc quer, então se entra de cabeça, se vc já tiver a cidadania Européia melhor, e faça o que vc ama, que é moldar suas receitas com tanto amor, e com a cara do Brasil que o povo Parisiense adora tanto. Eu tenho ceteza que a próxima carta amarela se chamará: Siga sempre seus sonhos, sempre dá certo :),
    Tudo de muito bom, e muito sucesso em tudinho que vc quiser:),
    Sara

  • Rosa diz:

    Hoje preciso te dizer que todo sentimento de amor que sinto pelo ser humano, pessoas especiais, singulares como você, está canalizado em boas energias pra você. Querido menino!
    Tudo vai dar certo. Gui, eu também amo Paris.
    Bjo grande com muito carinho

  • Rosa diz:

    Olá Gui,
    sei que nenhuma palavra de consolo ajudaria nesse momento.
    Pois por mais que as pessoas falem: você é bonito, talentoso, tem capacidade.
    Algumas vezes a gente simplesmente não acredita. Não “entra”..
    A gente acha q alcançou aquele sucesso só por sorte, ou porque o mercado não era tão competitivo, por mil motivos.. menos porque somos realmente bons.
    O que posso te afirmar com toda pureza de alma, é que você tem uma luz especial, algo que nos atrai. Faz querer ver seus vídeos, textos, desenhos.
    Você é amável(procurei várias palavras pra expressar, mas é algo “sem palavras”, uma qualidade sua, alguém que merece amor e consideração)
    Existem várias pessoas que realmente amam você, seu trabalho, e emanam esse amor pra você. Receba-o.
    Não acredito em nada por acaso, não sei se posso te ajudar com minhas palavras,
    mas quero agradecer por me fazer sentir menos sozinha nesse mundo.
    (tb estou sem saber pra onde ir, perdi o prazo de inscrição no mestrado dos meus sonhos, fico a mercê de superiores que nunca me dão chance de brilhar, sofro cobrança da
    sociedade e da família, brigo sem parar com meu namorado, enfim.. vou sendo como posso..rs) A vida não é só festa, na maior parte do tempo é luta mesmo!
    Receba meu abraço de longeee… q um abraço afetuoso cura as feridas e nos da paciência pra esperar passar a tempestade.
    a gente ama você(e isso é tanto tanto tanto..)
    Fica com Deus.

  • Fernanda diz:

    Gui,

    Como começar esse comentário, se já acompanho o seu blog há muito tempo e é a primeira vez que me correspondo com você?
    Gui, sempre me emociono com seus textos, fotos e desenhos. Quanto às receitas, já fiz várias aqui em casa, sendo que sempre sobra aquela vontade de “quero mais”!
    Sua sensibilidade para a vida e seu talento externam em tudo o que você faz!! Sendo que esse seu dom traz inspiração para muita gente, como se pode perceber pelos comentários, igualmente emocionantes, de todos aqueles que gostam e torcem por você!!
    Também sou de BH e esperava um dia esbarrar com você pelas ruas… Mas Paris… Paris é realmente muito, muito especial!! E sempre teremos Paris para amar, para nos encontrar…
    Saiba que essa fase que você está vivendo vai passar, e novas coisas virão pra te trazer alegria!! Como você mesmo disse: é preciso aprender que tudo na vida tem um fim, inclusive os maus momentos…
    Desejo que você seja muito feliz!!
    Lembre-se que os caminhos tortuosos da vida, ao final, sempre nos conduzem à direção certa!!

    Abraço,

    Fernanda.

  • Sandra diz:

    Espero que tudo se acerte pra vc!!
    Paris é demais né?! esse negócio de “sentir”a cidade é o que nos faz apaixonados por ela…
    fui 3 vezes e sempre amei estar lá, mas na última vez que cheguei, quando sai do metro, no quartier latin e “vi” a cidade eu tive um sentimento tão bom, sabe uma sensação inexplicável de felicidade???
    e engraçado que virei pro meu marido e ele estava sentindo a mesma coisa…foi tão estranho e gostoso…
    Poucas vezes senti o que senti naquele dia…e quando lembro me dá até um aperto….como amo Paris…
    mas acho que ela escolhe as pessoas…não somos nós que a escolhemos…
    Por isso, mesmo sem vida de rei, mesmo passando perrengue acho que vale a pena dar uma chance a ela, e se achar que tem que voltar, volta!!
    Mas sabendo que fez o que podia pra estar ai…
    estranho nem te conhecer e torcer tanto por vc….mas sinto que vc tem um coração tão bom…

    bjoss
    Sandra

  • Débora diz:

    Oi, Guilherme. Meu nome é Débora e eu tenho 14 anos. Estava pesquisando sobre alguma faculdade na França e acabei encontrando seu blog. Li seu texto e achei maravilhoso, não conheço seu trabalho porque eu literalmente acabei de encontrar o blog, mas você parece ser uma ótima pessoa. Sobre a França, bem, eu sei o que é amar esse lugar, sou apaixonada por esse país desde pequena, só minha mãe pra me aturar. Já pensei em ser medica, estilista, mas descobri que meu dom mesmo é pra cozinhar. Tenho muita vontade de ir morar em Paris e começar minha carreira lá. E meu grande sonho, é um dia poder ser dona do meu próprio restaurante e fazer com que ele cresça, chegando a ser conhecido mundialmente. Eu sei que pra isso eu vou ter que ralar muito e que fazer um restaurante ser conhecido mundialmente deve ser quase impossível, mas eu acredito no meu talento e principalmente em Deus, se eu me esforçar, sei que vou consegui. Sobre seu livro, eu fiquei curiosa, e se um dia você lançar, eu vou querer comprar! :,) Não sei exatamente porque disse tudo isso… Quase ninguém me entende, todos os meus amigos só querem saber de Londres e acham estranho quando digo que quero ir pra Paris, por sorte eu tenho uma amiga que também quer ir à Paris, mas ela não sente o mesmo que eu, ela só quer ir por achar o lugar bonito… Mas enfim, foi bom desabafar um pouco. Agora vou continuar com minha pesquisa. Seja qual for o problema que esteja passando, espero que saia logo dessa, a vida é assim mesmo, tem os momentos ruins, mas tem os momentos bons! Beijo! c:

  • Juliana diz:

    Ei, Gui! Sempre me identifiquei com os seus textos, vc escreve de um jeito muito gostoso de ler. Entendo demais o que é se sentir um peixe fora d’agua em BH. E tb passei por um término recentemente. Dói demais, chega a doer fisicamente. Mas tento sempre tirar algo de bom dessas fases ruins da vida. É estranho que nem nos conhecemos e eu me preocupo com vc. Será que vc já está se sentindo melhor? Espero que sim! Sempre que me lembro de vc mando boas energias.

    Um abraço com muito afeto!

  • Bruna diz:

    Quando ficar chateado, de saco cheio etc, lembra que seu blog, suas receitas e seus desenhos inspiram os sonhos de muita gente.
    Eu mesma comprei um kit novo de aquarela pra tentar ilustrar as receitas da minha mãe antes de eu me mudar! =]

    Paris é, por si só, um sonho. Viva este sonho.

  • Juliana Lima diz:

    Gui,

    Gosto muito das suas cartas amarelas, das receitas, dos vídeos, dos desenhos, enfim… Meus domingos já ficaram mais felizes graças a um quiche lorraine, a um bolo de chocolate gordo ou a um bolo de fubá fofinho. Só posso agradecer por dividir tudo isso com a gente e desejar muito amor pra você. <3<3<3

    beijão,
    Juliana

  • Ana C diz:

    Oi Gui; engraçado que estava comentando com a minha irmã outro dia que algumas pessoas que têm blogs mal imaginam a capacidade que têm de distribuir a alegria por aí. Penso principalmente em você e a moça do Panelaterapia quando faço alguma comida gostosa (que às vezes não acertava antes), me encho de orgulho e deixo minha família e/ou amigos satisfeitos também, vendo claramente uma “simples” comida se extrapolando em momentos de afeto (!) e amor. Isso se estende também para blogs que me ensinam a maquiar e me fazem sentir bonita num dia X, e por aí vai … O seu ainda tem o diferencial das suas cartas amarelas, em que já me encontrei várias vezes e que já me devolveram o ânimo em alguns momentos difíceis. É uma pena não poder te devolver este bem de forma direta ao ver que está passando por uma situação difícil, por isso procuro fazê-lo através do meu singelo comentário o deixando consciente da importância que você tem até para quem não convive com você. Keep up, there will be sunshine after rain!! Bjs

    • gpoulain gpoulain diz:

      através desse comentário você já me passa um bem danado e me faz abrir um sorriso, então muito obrigado por pensar assim e tirar um tempinho do seu dia pra comentar. um beijo!

  • Mariane Martins diz:

    Gui, primeiro gostaria de tecer elogios a você pelo Moldando Afeto que eu considero de enorme bom gosto e também pelo seu desprendimento com esta carta amarela. Soou bastante familiar, sabe. rs Quando você diz: “Demorei, mas entendi que tudo na vida tem um fim também”, entendo que não é o que esperamos, mas é o que acontece por vezes, de fato. E que, de algum modo, estamos inevitavelmente em meio a fins e (re)começos, e isso é que nos move. Viva a vida!

  • Larissa diz:

    aai a gente tem uns momentos né rss q saco. parece que a vida nunca tá quieta, em paz rss e a gente olha a volta e acha que é só com a gente… será que é super interno mesmo isso forever?
    tô indo ver meu boy em Paris mês que vem, namoro a distancia a a :/ já viu, que fase! rss
    qm sabe nos encontramosss, bejs

  • Bia diz:

    Q saudades de ouvir sua voz engraçada e ver sua carinha tímida na frente das câmeras nos episódios de O Chefe e a Chata. Desejo muita sorte de coisas boas pra vc aí! Q vc se redescubra nesse novo começo!

  • Lara Torrezan diz:

    Gui, li esse texto agora, mas não queria deixar de comentar. Queria te dizer que esse negócio de talento é algo muito superestimado, que todos nós temos facilidades nessa vida, algumas aptidões, mas que o que faz a gente se destacar no que fazemos, é nosso esforço, nosso trabalho e nossa dedicação. Sou atriz e tenho que lidar com essa palavrinha, a tal talento, o tempo todo, te asseguro, se qualquer ser humano botar na cabeça que quer ser ator, estiver aberto para isso, com os interesses certos, se dedicar, colocar todos seu esforço e trabalho, ele vai conseguir. Já te acompanho há um bom tempo, e te digo, é certo que tens teus seguidores por causa do teu cuidado, do teu carinho, foco e dedicação. Isso te faz especial. Somos tão exigentes com o que produzimos o tempo todo, mas o que nos singulariza é justamente o nosso jeito de fazer. Queria dizer que tenho carinho por ti, por seres quem és, um indivíduo que tem autenticidade nessa vida tão cheia de reproduções. Um grande abraço!

  • Vanessa M diz:

    Sem sombra de dúvidas essa é a sua carta que mais me tocou. Estamos todos perdidos nessa mossa juventude apressada, mas como você mesmo disse “na vida tudo tem um fim”. Até as incertezas :)

    Um abraço bem apertado de alguém que viu um dia nublado ganhar cores com as suas palavras.

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