carta amarela #118 – sintonia

carta amarela #118 – sintonia

Belo Horizonte, 5 de outubro de 2015

Queridos amigos,

Das coisas que tenho esperado da convivência, é encontrar um meio do caminho. Uma sintonia. De aprender com as diferenças, mas saber ler nas entrelinhas. Saber ouvir mais do que falar. Não apontar dedos. Fazer com que essas relações sejam mais leves por se entender.

É quando a gente não precisa se explicar, nem mesmo justificar. Na maioria das vezes nem é necessário falar. Do olhar já saber qual é a história ou o desejo. Dançar ao som da minha música, sorrindo ao dançar o som da sua também. Saber desalinhar quando for preciso, seja ao meu lado, seja longe. Me contar qualquer coisa que seja, sem esperar julgamentos. Não bater o pires na xícara e nem o garfo na faca. Quando a gente sabe que as coisas estão onde deveriam estar. Ser o que se é do jeito que está. Porque você também é e está como quer estar. De acordar e esticar os braços pra cima pra espreguiçar o mais alto que conseguir – e mesmo que estalar, tudo bem, quando menos se espera já voltou pro lugar. Abraçar sem ter que chamar, beijar sem avisar. Colocar as mãos nas mãos e ver o olhar de canto de olho.

Reciprocidade. Quando vejo ela surgir não a deixo escapar. Pelas razões mais simples: ela é mágica e tira qualquer âncora do fundo do mar.

Um abraço, um aperto, um cheiro, com carinho e equilíbrio,

Gui

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